Francisco André

Foto por Trabalho gráfico de Patrícia Santos

Faleceu no passado dia 28 de outubro, terça-feira, o mais antigo colaborador d’O ALCOA. Francisco André, natural da Maiorga, faleceu aos 86 anos, em sua casa. Colaborador do jornal desde janeiro de 1946, o repórter X.A., como assinava, começou por ser correspondente da Maiorga, a convite do administrador António Afonso Ramos.

Francisco de Oliveira Ramos André, nascido a 12 de fevereiro de 1928, partiu na manhã da passada terça-feira, dia 28, aos 86 anos. Estimado alcobacense, era conhecido por Chico André. N’O ALCOA colaborou desde 1946, enviando textos e fotos, assinando por X.A. até a sua força o permitir. A esta colaboração, acumulou a atividade de contabilista do jornal, que desempenhou com brio e organização até há poucos anos. Durante os seus 86 anos de vida, foi um cidadão exemplar e empenhado, com várias funções e participado em atividades de relevo na cidade, onde se destaca o seu trabalho durante 37 anos na Santa Casa da Misericórdia de Alcobaça, no Agrupamento 58 de Alcobaça do Escutismo Católico Português (CNE), que refundou com D. José Traquina e que serviu por mais de 30 anos, tendo integrado o Movimento de Elevação de Alcobaça a Cidade.
Foi co-fundador de movimentos cívicos como a Academia Social e Cultural de Alcobaça, a Orquestra Típica de Alcobaça e esteve na refundação da Banda de Alcobaça. Como contabilista, trabalhou em vários estabelecimentos comerciais de Alcobaça e foi, até recentemente, administrador não executivo da Caixa de Crédito Agrícola de Alcobaça (CCAA), onde chegou a ser membro ativo da direção. A sua atividade cívica e associativa foi tão vasta que não cabem na dimensão de um artigo de jornal; antes passarão a constar do compêndio da história de serviço a Alcobaça.
As exéquias fúnebres realizaram-se ontem, dia 29, presididas por D. José Traquina.

Testemunho de Francisco André a’O ALCOA, no 66º aniversário do jornal
Quando em janeiro de 1946, o meu primo António Afonso Ramos, à data administrador d’O ALCOA, me convidou para correspondente da Maiorga, iniciei uma longa colaboração, que se intensificou em 1984, a convite do P. Siopa e do Dr. Vazão, na completa reorganização da contabilidade e ficheiros, depois do meu acidente. Julgo poder afirmar que sou o mais antigo colaborador vivo. Parabéns a’O ALCOA que muito prezo.

 

Testemunhos:

“Era dedicado, especial, de uma enorme simpatia e com um nível de seriedade pouco comum. Era um amigo e uma pessoa muito válida em Alcobaça”
José Alexandre, presidente do Conselho de Administração da Caixa Agrícola de Alcobaça

“Era uma pessoa que admirava bastante pelos seus dotes de competência em tudo o que fazia. Era um amigo verdadeiro, daquelas pessoas que não se esquecem.”
Mário Vazão, antigo diretor do Jornal O ALCOA

“O Chico André vivia para auxiliar o próximo. Era uma pessoa muito especial e vivia intensamente os problemas locais”
João Carreira, provedor da Misericórdia de Alcobaça
Aos onze anos, tive a graça de conhecer o Francisco Oliveira Ramos André como colega de trabalho. Conheci-o como o adolescente que necessita de ter um herói e o Francisco André foi para mim esse herói, com virtudes humanas e cristãs tão brilhantes que eu não conseguia ver nele qualquer defeito. Marcou-me decisivamente e muito bem. A minha gratidão é imensa e é para Deus que eu a dirijo.
O Francisco André aceitou reabrir comigo o Agrupamento de Escuteiros de Alcobaça. E foi nesse ideal e nobre missão de dirigente do Corpo Nacional de Escutas, de colaborar na boa formação dos mais novos, que veio a ter um acidente e ficou sem o braço esquerdo. Foi um momento de grande sofrimento. Mas acontecia o incrível: era ele, o acidentado, que dirigia palavras de esperança a quem o visitava.
Sem faltar aos seus compromissos para com a sua família, por quem tinha um amor sagrado, Francisco André era um familiar de todos em Alcobaça. Seriedade, bondade e boa disposição, eram qualidades que o caracterizavam, um homem que distribuía vida, alegria e esperança por toda a gente.
Acredito na bem-aventurança eterna, assegurada pela Ressurreição de Cristo, com a dimensão de uma Festa. Espero vivamente fazer parte dessa Festa e lá encontrar-me com o Francisco André e com todos os amigos que já partiram.
Aos familiares mais próximos, Fernandinha Lisboa, Leonor e Francisco, dirijo o meu abraço de amizade e gratidão.
D. José Traquina, Bispo Auxiliar do Patriarcado de Lisboa

Uma resposta

  1. Foi um amigo, o Francisco André foi no tempo que eu era colaborador no jornal O Alcoa onde nós conhecemos na quer locar, ele gostava muito que eu trazer notícias da freguesia de Alpedriz! Que o Senhor Deus sempre nos há-me acompanhar! Meus sentimentos à toda à Família!

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