Francisco e a Igreja portuguesa

Afonso Luís
Bancário aposentado

Num interessante artigo publicado há dias no “Público”, André Lamas Leite, docente na Faculdade de Direito da Universidade do Porto, reflete sobre a (ainda) pouca influência do papa Francisco sobre a Igreja portuguesa. De facto, a cada dia que passa, Francisco dá sinais de querer uma Igreja em campanha, em mudança, com prioridade à evangelização e a um papel mais importante dos leigos. Determina, mesmo, a entrega a estes de alguns dicastérios, reunindo num único dicastério a cultura e a educação. Desde o primeiro momento, Francisco teve a coragem de enfrentar a cúria, e esta, embora a contragosto, lá vai aceitando a situação, ao menos para poder sobreviver. É certo que perde vantagens e fidalguias, e até a fé se vai coadunando melhor com os sacramentos, de forma que a própria Eucaristia não continue a apresentar-se de modo aborrecido e sem chama. (É por isso que alguns jovens a descrevem como “uma grande seca”). Claro que também há alguns pastores a pretender livrar os fiéis deste torpor, atualizando e adaptando a Palavra à vida comum. Outros, nem por isso… e as ovelhas desmobilizam e procuram outras religiões.

André Lamas Leite termina a sua reflexão com estas palavras: “vamos manter o fuso horário português décadas atrasado em relação ao do Vaticano?”

Afonso Luís
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