Celebramos o Natal de Jesus como um tempo novo que se abre para nós. O próprio Deus vem ao nosso encontro como homem verdadeiro e dá-nos a prova de que não estamos sós. Deste modo, não podemos ficar parados. Queremos também nós visitar o Menino nascido, na nova Belém que é a nossa vida.
Foi com emoção que, na Eucaristia da noite, em Alcobaça, recordámos que há 800 anos os monges de Cister celebravam, na abadia nova, o seu primeiro Natal. Esta presença dos monges brancos na nossa cidade não se perdeu. Continuamos, hoje, a missão de levar a luz de Cristo a todos. Mas nessa mesma noite algo de especial sucedia num outro lugar. São Francisco de Assis recriava a noite do nascimento de Jesus em Greccio, na Itália. Convidou a população a acompanhá-lo a uma gruta. No interior, apenas havia uma mangedoura, uma vaca e um burro. Celebrou-se a Eucaristia naquele mesmo lugar, onde, por meio da consagração, Jesus Menino se fez presente. Da mesma forma que surge dia após dia, quando os cristãos se reúnem para a missa. Foi o primeiro Presépio da história. Passados oito séculos, mantemos a tradição de montar a representação do nascimento de Cristo. À simplíssima obra de Francisco de Assis unimos a nossa criatividade. O Menino, Maria e José. Montes e vales, rios e fontes. Uma amálgama de personagens, na habitual azáfama do dia-a-dia e no exercício das mais diversas profissões. No fundo, Jesus Cristo veio para todos e espera um coração disponível para vir habitar entre nós. Vem renovar a humanidade e toda a sua Criação. Ele faz novas todas as coisas. Fazer o Presépio em nossas casas é possibilidade de visitarmos constantemente o mistério da Incarnação e de nos comprometermos a sermos mais à imagem de Jesus.
Temos ainda a graça de comemorar o aniversário do nosso jornal em plena oitava do Natal. No nosso Presépio, pomos um jornalista e um distribuidor. Também eles a visitarem o Menino na gruta de Belém. Oferecem-lhe os seus dons para que O ALCOA continue a ser possibilidade de a Palavra de Jesus chegar a todos. Que continue por muitos e longos anos a ser o Jornal de Todos Nós. Santo Natal para todos!