José Lopes Belé

João Luís Maurício
Professor de História aposentado

Diz-se que quase nada se sabe da vivência dos beneditenses em terras de França, durante a Primeira Guerra Mundial. Claro que não é verdade. Esses homens foram partindo e, consequentemente, apagados da memória coletiva.

Ir pelos depoimentos orais tem enormes riscos. A verdade é que há muita documentação sobre esses rapazes que nos fornece pistas imensas. Conheci alguns e achei-os todos pessoas discretas, como se fizessem gala de guardar os seus segredos. Cada um desses militares tinha uma história: umas simples, outras mais complexas.

Ao acaso, deixamos aqui algumas notas.

António Lucas era 1.º cabo e pertenceu ao Regimento de Infantaria de Braga, a célebre Brigada do Minho.
António Machado, soldado, natural da Ribafria, esteve na Companhia de Administração Militar, mais concretamente, no Depósito de Aquartelamento de Bagagens. Como consequência, esteve, felizmente, longe do cenário de guerra.

Manuel da Silva Castelhano era granadeiro (uma espécie de tropa especial). Esteve na linha da frente e foi ferido em combate.

Damos destaque ao soldado José Lopes Belé, pela originalidade do seu nome. Deve ter sido uma alcunha que passou a apelido, já que o seu pai se chamava, apenas, Manuel Lopes e a mãe, Maria Felismina. Residiu nos Candeeiros. Rumou a Flandres, mas entre 12 de setembro de 1917 e 20 de janeiro de 1918, esteve em Inglaterra onde recebeu formação militar na área de artilharia. Por motivos de saúde, esteve internado numa unidade hospitalar militar inglesa, a Royal Army Medical Corps. Regressou a França e integrou o Corpo Expedicionário Português.

João Luís Maurício
Professor de História aposentado

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

PRIMEIRA PÁGINA

PUBLICIDADE

Publicidade-donativos

NOTÍCIAS RECENTES

AGENDA CULTURAL

No data was found