Jardoeira, freguesia de Batalha

O CEPAE organizou no dia 25 de março com a Terra Mágica das Lendas no Salão Nobre da Junta de Freguesia da Batalha uma Tertúlia com o orador Ricardo Chartres d’Azevedo sobre o seu livro “A Estrada de Rio Maior a Leiria,” que é a fonte histórica para esta Rota Estrada D. Maria I / D. Maria Pia. Como se sabe teve início a 25 de março deste ano na freguesia da Asseiceira. Segue pelos troços originais de Alto da Serra, concelho de Rio Maior, depois da freguesia de Aljubarrota e dá um salto sobre Pedreiras e Chão da Feira até Jardoeira, freguesia de Batalha. Termina aí com a participação generosa do presidente da Junta de Freguesia, Fernando Oliveira e de Adélio Amaro, presidente do CEPAE – Centro do Património da Estremadura, associação que investiga e dá a conhecer o património da região, valorizando as respetivas identidades locais.
E por que razão a original estrada desta Rota passa pela Jardoeira de Calvaria de Baixo, embora esse percurso tenha mais léguas do que os outros dois projetos apresentados? Diz-nos o livro “A Estrada de Rio Maior a Leiria” (p. 56), das três alternativas estudadas em 1791, data do Alvará de D. Maria I, se optou não pela distancia mais curta “A direcção da Serra e Batalha sim he mais curta […] mas necessita de mais pontes e grandes socalcos […] e posto que na Cortiça e no Tilheiro se encontre agoa, isto não iguala as vantagens do Chafariz da Calvaria.[…] a construção da Estrada fará com a facilidade da exportação e a fluência da viagem o aumento da Povoação e progresso da agricultura de que o terreno é susceptível principalmente nos sítios notados nas Postas e estalagens, na Calvaria e distrito da Batalha…” Assinado por José Diogo Mascarenhas Neto em 1792 (CA 439 do IGP) .
Explica muito bem este nosso roteiro, que para a construção da Estrada já havia lá um Chafariz com bastante água na altura, hoje menos e não potável! Inscrições em pedra antiga atestam datas de construção e de reconstrução. Também se podem ver as pias onde os animais bebiam.
Algumas memórias e heranças deste Património Vivo, celebrado em 2023 pelas Jornadas Europeias ficaram registadas no código QR do totem que foi inaugurado no dia 23 de etembro deste ano, como mostra a fotografia, envolvendo cada vez mais interessados na defesa do Património.