Turquel – Teatro quase de Natal

Lúcia Serralheiro
Terra Mágica das Lendas

Em 15 de dezembro, o auditório do Centro Escolar de Turquel encheu-se para aplaudir a comédia intitulada ‘O Gato’ de Henrique Santana. O elenco, de mais de uma dezena de atores, incluindo o encenador Pedro Mateus, vai desde os 11 anos de idade aos 80. Gente cheia de gosto e paixão movimentam-se no palco, sem quaisquer hesitações, tudo como se de profissionais se tratasse! O cómico de personagem, intriga e linguagem tudo corre pelo melhor possível. Os risos do público e os aplausos a cada quebra de cena no escuro num mínimo tempo possível, assim o atestam!
Mas o que tem uma comédia bem representada a ver com o Natal? Só porque é dezembro? Podia ser, mas não, porque “NATAL” aconteceu também nas outras seis vezes anteriores, desde a estreia em 15 de outubro e noutros palcos vizinhos. Vou dizer: todos os personagens em cena no início estão como congelados no palco e derretem-se à medida que o ator/apresentador os vai caracterizando. Quando fazemos o presépio conhecemos as figuras, o que significam e lá as encaixamos no musgo de jeitos diferentes em cada ano, sendo que os seus papéis não se alteram. Talvez as luzes, os sons, ah! naquela sala a acústica é fabulosa! Os atores conhecemo-los da terra, da nossa rua, ou família, ou são nossos amigos. O cenário no palco tem lugar nas memórias de quem viveu os anos 50 e 60… exceto o majestoso relógio e que bem que lá está! E o colorido do palco agrada decerto aos mais jovens.
Mas que tem isto tudo a ver com o Natal? O Natal é no último ato. Todos no palco felizes e o público também. “Faço teatro porque adoro ver as pessoas felizes – afirma Pedro Mateus – mesmo quando me abordam na rua e comentam. O teatro ajuda a quebrar as rotinas e aproxima-nos uns dos outros. Às vezes o público leva-nos miminhos ou chocolates ou outras coisas. E aconteceu no final. Um jovem ator pediu para ler o testemunho da sua vivência no grupo de teatro, como cresceu e aprendeu com todos, e com consciência de que essa formação o marcou para a vida. Emoções ao rubro e aplausos em toda a sala e sobe ao palco J. Diogo Ribeiro que falou para os atores unindo esta viva participação comunitária à autarquia que representa.
BOM NATAL ao grupo, ao público e à Sociedade Filarmónica Turquelense, que tem este Grupo de Teatro. À entrada F. Ribeiro, seu presidente, vendia bilhetes. Lembrava-nos que o “teatro são todas as artes” e houve música e dança também!

Lúcia Serralheiro
Terra Mágica das Lendas

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