Um «lento» Natal!

Ana Caldeira
Diretora do jornal O ALCOA

Com muitos ainda a trabalhar, tarefas e listas de prendas pendentes, os alunos na escola até 22 de dezembro…

…parece que não há tempo para preparar o Natal. O Natal a sério. O Natal em que Jesus roçou a miséria nascendo num curral, mas em que inaugurou o tempo novo da graça e da salvação. O Natal profundo. O Natal do coração. O Natal de Jesus. Haverá tempo para esse NATAL?

Há uns dias recebi um vídeo promocional de Aveiro como destino turístico, que tinha por mote o “slow tourism”, isto é, o “turismo lento” ou, talvez melhor, “vagaroso”.

O movimento “slow” (em português, lento) tem sido relacionado com o protesto de Carlo Petrini contra a abertura de um McDonalds, em Roma, em 1986, que desencadeou o conceito de “slow food” (em português, comida lenta). Daí afirmou-se um movimento que defende abrandar o ritmo de vida e a designação “slow” expandiu-se: “turismo lento”, “cidades lentas”, “envelhecimento lento”, “educação lenta”, “dinheiro lento”, etc.

No seu livro “Em Louvor da Lentidão”, Carl Honoré fala de “uma revolução cultural contra a noção de que mais rápido é sempre melhor. A filosofia ‘slow’ não é sobre fazer tudo ao ritmo de um caracol. Trata-se de procurar fazer tudo à velocidade certa. Saborear as horas e os minutos (…). Fazer tudo o melhor possível, em vez de o fazer o mais depressa possível”.

O professor Guttorm Fløistad argumenta em favor desta filosofia do vagar: “as nossas necessidades básicas nunca mudam. A necessidade de ser visto e apreciado. A necessidade de pertencer. A necessidade de proximidade e cuidado, e de um pouco de amor. Isto só é possível através da lentidão nas relações humanas”.
Com este mote, O ALCOA agradece vagarosa e profundamente aos leitores, colaboradores, voluntários e empresas anunciantes, que contribuíram ao longo de mais um ano para que o “Jornal de todos nós” continue a escrever a história da nossa comunidade. M u i t o o b r i g a d o!

E a todos desejamos um Natal com vagar para os outros e para Jesus. Que não desiste de nascer de novo para cada um, em cada coração. Um «lento» Natal para todos!

Ana Caldeira
Diretora do jornal O ALCOA

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