Alfeizerão vai fazer uma viagem no tempo até ao período depois da Reconquista, quando os mouros ainda estavam em terras lusas, por volta de 1332.
A Quinta do Vale da Cela, em Alfeizerão, um espaço com mais de 11 mil metros quadrados e três palcos, nos dias 14, 15 e 16 de julho, vai receber 82 expositores e 78 animadores, naquela que é a primeira edição do projeto Alfeizerão Medieval. “Algo novo e fresco”, sublinha Leonel Ribeiro, presidente da Junta de Freguesia de Alfeizerão, na conferência de imprensa realizada a 26 de junho, na junta. Estes dias de julho foram escolhidos pelo facto de “não coincidirem com nenhuma outra feira medieval. Não queremos fazer concorrência”, expressa o autarca.
Alfeizerão Medieval foi uma iniciativa proposta, no ano passado, pela Terras de Viri’Arte – Associação Cultural à Junta de Freguesia de Alfeizerão. Esta associação, com origem na Covilhã, está sediada atualmente na antiga escola primária do Vale de Maceira, em Alfeizerão. “A freguesia era um couto de Alcobaça, tem vestígios de história: a fonte velha e o castelo são dois exemplos”, relembra Leonel Ribeiro. O intuito desta iniciativa é “contar a tremenda história da freguesia, pois não pode ser só um ponto de passagem”, enaltece João Madeira, coordenador técnico da Terras de Viri’Arte – Associação Cultural. Esta iniciativa é o “representar a convivência de culturas, de como continuaram a trabalhar e a viver em comunidade, sob o domínio dos monges de Cister”. A Maçã de Alcobaça e o pão de ló de Alfeizerão também vão estar representados, uma vez que têm uma “grande importância”. No fundo, espera-se um “evento com um enorme sucesso, onde vai ser contada uma história e vai marcar a economia local. Estima-se a presença de 30 mil visitantes, isto é, dez mil pessoas por dia”. Tudo isto só é possível com um “investimento muito controlado, que é de 35 mil euros, e com o reaproveitamento de muitos materiais, bem como o apoio de muitas empresas”, destaca João Madeira.

Saiba mais na edição impressa e digital de 29 de junho de 2023