De Alcobaça ao campo de refugiados em Przemyśl, na fronteira da Polónia com a Ucrânia, são quase 4.000 quilómetros de estrada e três dias de caminho, encurtados por muitas horas de condução e pouco descanso. Cansaço que se atenua quando se guia com o coração, levando na bagagem muita vontade de ajudar.
Foi com este sentimento que partiram os alcobacenses João Tiago, Paulo Baptista, Frederico Carlota, Rúben Saavedra e Tiago Aniceto, a que se juntaram João Velez, João Shima e Patrícia Garcia, de Lisboa. Elementos que se movimentaram logo após o início da guerra da Rússia com a Ucrânia, para ver de que forma poderiam ajudar a população afetada. “Entre o quero participar e vou, acabou por se juntar este grupo”, disse a’O ALCOA João Tiago, um dos elementos. A vontade deu lugar à organização da missão, desde a equipa que iria entregar os bens angariados, à logística que a viagem implicaria. “Tínhamos um contato direto no campo de refugiados e sabíamos a quem iríamos deixar todo o apoio que conseguíssemos recolher até à data da partida”, relata o voluntário, que queria não só levar os bens, mas efetivar a entrega. Com três carrinhas carregadas de material cirúrgico e veterinário, medicamentos, alimentos, bens de higiene pessoal, mantas e agasalhos, partiram de Alcobaça a 19 de março e chegaram a Przemyśl no dia 21.
Saiba mais na edição impressa e digital de 28 de abril de 2022.