Inicia-se a primeira sessão da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos. O tema central é a sinodalidade, a qual passa pela comunhão, pela participação e pela missão. As comunidades cristãs foram chamadas a discernir e partilhar com o Santo Padre o seu sentir, o seu viver. Agora, os participantes hão-de ter presentes tais contributos nos seus trabalhos, os quais perdurarão de dia 4 a 29 de outubro. O Papa Francisco, na Rede Mundial de Oração, propõe este mesmo encontro como intenção especial para o presente mês. Alguns olham com expectativa para o acontecimento, com a previsão de que seja um estádio onde progressistas e conservadores se defrontarão. O Papa propõe antes o necessário silêncio, em que calando os nossos ímpetos, damos voz aos irmãos. Projeta a Igreja para um “apostolado do ouvido”. Foi nesta sequência que sucedeu a Vigília Ecuménica do passado dia 30 de setembro. Para introduzir a assembleia geral, concretizou-se um momento de oração com representantes de diversas confissões cristãs. Gosto de ver a Igreja segundo a imagem de uma casa. Cada confissão é como que uma divisão da mesma. O segredo é manter abertas as portas de cada uma para a relação com as outras, sendo o Cristianismo a casa comum de todos. A Vigília de Oração teve por mote “Together”, isto é, “Juntos”. De facto com os outros aprendemos, damos passos, crescemos. Na semana das Jornadas Mundiais da Juventude, foi-me possível fazer um intervalo para um almoço de família. Primos vindos do Canadá, que traziam consigo um grupo de amigos para visitar Alcobaça. Todos eles pertencentes à Igreja Batista. No restaurante, ficámos em frente à televisão e fomos inevitavelmente acompanhando imagens das jornadas. Ao contemplar a multidão, a minha prima voltou-se para a amiga e exclamou: “Já viste? Tanta gente reunida em nome de Cristo. É maravilhoso!” Aquela reação deixou-me emocionado. Sem dúvida que mais importante do que se tratar da divisão A ou B é sermos da mesma casa. Se um acontecimento é de Cristo, então todos nos alegramos. Estamos todos unidos, porque todos lhe pertencemos. De acordo com o pedido de Francisco, dediquemo-nos à oração pelo Sínodo, para que seja um encontro de irmãos. Para que nos projete para a abertura aos outros. Para que nos faça como Cristo nos quer. Um só.