As Festas de Santo Amaro e o Ano d’Ouro em Alfeizerão

Foto por Graciete S. Machado

É uma festa tricentenária, esta que se realiza em Alfeizerão em honra de Santo Amaro. Com alguns altos e baixos, o bairrismo fala sempre mais alto e o Santo sai à rua nestes dias de tradição e romaria. Desde tempos remotos que as mulheres e homens da Vila da Nazaré se deslocam aqui, para pagar em cera as promessas a Santo Amaro – primeiro vinham a pé, depois em camionetas de excursão – só eles com a sua alegria natural e o colorido das suas vestes fazem uma parte da festa. Ao programa deste ano foi atribuído um nome a cada dia, dando principal relevo ao apontamento mais importante. Assim sendo, dia 6, foi o início das novenas na capela; dia 14, o da noite do balão; dia 15, dia de Santo Amaro com a procissão, os afamados pinhões, cavacas, farturas e carrosséis, bailes e outras diversões. Dia 16, Santo Amarrado; dia 17, a já tradicional Música da Fatia. Este ano e com bastante aceitação por parte da Câmara Nazarena foi atribuído o dia 18 à Nazaré – com todos os seus hábitos, desde as lindas sete saias ao folclore, das cegadas ao carapau seco. Na Agenda Cultural, destacaram-se palestras, colóquios, tertúlias e uma exposição fotográfica com tradição e “estórias” à volta de Alfeizerão. O encerramento das festas, no dia 19, coube ao Grupo das Gaitas de Foles da Fanadia e à Orquestra Juvenil da Cela. O Município de Alcobaça respondeu ao nosso apelo limpando o edifício do Mercado Diário para ali nascer o Mercado da Cultura. Foi neste espaço que até há pouco estava sujo e desprezível que os Alfeizerenses puderam ter uma mostra das suas 4 principais fábricas de pão-de-ló, a apresentação das coletividades da freguesia – o Sport União Alfeizerense e as suas taças, os 100 anos da Casa do Povo, os cartazes com 20 anos do Teatro de Revista no Valado de Santa Quitéria, o pão com chouriço e os licores do Casal Velho, a mostra de alguns trabalhos executados pelos idosos do Lar Residencial da Santa Casa. Também neste local tivemos a presença de diversos artesãos dos Concelhos de Alcobaça, Caldas da Rainha e Nazaré – tudo ali se pôde encontrar: do pão-de-ló ao carapau seco, da cestaria aos bibelots, não esquecendo as frutas e as hortaliças da região. No recinto da festa, além da barraca/restaurante que serviu centenas de refeições, das vendedeiras de pinhões, das cavacas e farturas, carrosséis e carrinhos de choque, também foi colocado um stand representando o comércio, indústria e a agricultura do concelho: estiveram presentes o Centro Equestre Internacional de Alfeizerão, a Narcfrutas com as maçãs de Alcobaça, a Adega Cooperativa com uma prova de vinhos e queijo da região, os vidros e cristais da Atlantis, as peças decorativas Jomazé, S. Bernardo cerâmicas e muitos mais. As quatro noites foram animadas pelos conjuntos musicais “Os Lords”, “Sui Géneris Band”, “Chaparral Band” e “Banda Xeques Orquestra”. Muita música e muita animação: foi assim o Santo Amaro em Alfeizerão. Estas foram as primeiras festas do Ano d’Ouro que a Comissão Dinâmica ambiciona fazer em Alfeizerão… Estejam atentos!

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