As prioridades ou a sua ausência!

Foram conhecidas as obras apoiadas pelos fundos comunitários a implementar no processo de reabilitação urbana de Alcobaça. Lamentavelmente parte das obras foram definidas nas costas dos vereadores da oposição numa situação insólita e inqualificável.
Não é aceitável que investimentos que vão para além deste mandato autárquico sejam decididos unicamente por quem tem os destinos do município. Era exigível uma postura abrangente e consensual e não a política do facto consumado tal como veio a acontecer. O diálogo de última hora promovido pelo presidente da Câmara, depois de definidas as obras junto das entidades que gerem os fundos comunitários, pouco resolve, apenas atenua, e as consequências políticas deixarão o seu rasto.
Neste quadro comunitário em que se privilegia a competividade das cidades e a aposta em obras geradoras de retorno económico tendo como objectivo fixar pessoas e designadamente jovens, um dos factores de que Alcobaça mais sofre, torna incompreensível a decisão de estabelecer como única prioridade para a cidade de Alcobaça a construção de um parque verde (dado que os restantes investimentos não possuem projetos) que irá consumir 2.750 milhões de euros e corresponde a cerca de 40% das verbas de fundos comunitários atribuídos a Alcobaça.
Alcobaça necessita de um equipamento deste tipo, mas era desejável que os dinheiros que vão chegar a Alcobaça, fossem melhor distribuídos e tivessem também como objectivo apoiar obras geradoras de novos negócios, emprego e retorno económico.
Nesse sentido, defendi uma aposta em simultâneo num centro de recepção de turistas localizado no Mercado Municipal, gerador de novas actividades económicas que fixassem mais tempo os turistas em Alcobaça e ainda uma aposta inequívoca no parque de campismo e caravanismo na cidade que seria seguramente uma mais-valia para o comércio local, tal é o número de turistas que apostam nesta vertente.
Perdeu-se mais uma vez a oportunidade de fixar pessoas na cidade, numa altura em que o turismo bate recordes e gera receitas de milhões. Que o digam algumas cidades e vilas aqui bem perto que têm aproveitado com mestria este fenómeno.

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