Bruno Santos. “A cultura em Portugal serve para divertir e não para educar”

Catarina Reis
Jornalista

Foto por Catarina Reis

É natural de Alcobaça. Aos 14 anos, entrou na Escola de Música da Associação Recreativa da Boavista de Alcobaça. Depois, ingressou na Sociedade Filarmónica Maiorguense e, desde aí, nunca mais parou. Abraçou muitos projetos, como professor, coordenador e maestro, fundando diversos grupos e bandas, na sua maioria de forma voluntária. Com uma enorme paixão pelo que faz, o que mais o distingue é “o gosto de fazer os outros felizes com a música”.

PERFIL

Nome: Bruno Manuel de Sousa Santos
Data de Nascimento: 6 de outubro de 1975
Naturalidade: Alcobaça
Atividade profissional: Professor de música

ORA DIGA LÁ…

Uma terra: Alcobaça
Um lema: “Ser feliz e fazer os outros felizes”
Uma frase: “Façam favor de ser felizes”

Como se define?
Uma pessoa humilde naquilo que faz, muito perfecionista e que gosta de ajudar o outro. Gosto muito de trabalhar com seniores e crianças, bem como com pessoas com deficiência. Sou daquelas pessoas que são felizes a ajudar os outros a serem felizes; é assim que me realizo.

Como nasce a paixão pela música?
Na minha família, não há nada que me relacione à música. A minha avó materna disse-me que o meu trisavô foi maestro da Banda da Vestiaria, apesar de não encontrar esses registos. Por isso, não sei se fui lá buscar algo, mas já são muitas gerações.
O meu gosto pela música surge aos 14 anos, quando um professor da Sociedade Filarmónica Maiorguense foi à Escola de Música da Associação Recreativa da Boavista de Alcobaça, onde vivíamos. Fui experimentar uma aula, mas sem nenhuma intenção, e acabei por me interessar. Foi a primeira banda por onde passei, ainda andei lá 15 anos, depois ganhei asas, segui o conservatório, etc. O mais curioso é que, quando era pequeno, nas festas da aldeia, se havia uma coisa de que tinha medo, era da filarmónica e escondia-me sempre atrás da minha mãe.

De todos os seus projetos, há algum que o tivesse marcado? Porquê?
Cada um tem a sua marca, mas um que me marcou muito, e em que não estou de momento, foi trabalhar com deficientes, por conta da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Foram cerca de sete anos. Fazer música com este público foi um desafio, uma experiência que me marcou muito. Não sabia muito bem para o que ia, tinha pessoas com um grau de deficiência muito profundo e outras mais autónomas. Alguns conseguiam trabalhar propriamente a música, mas outros, era obter reações. Numa sessão, se conseguíssemos uma reação, um sorriso, uma lágrima, era uma vitória e isso foi um desafio.

Saiba mais na edição impressa e digital de 8 de setembro de 2022.

Catarina Reis
Jornalista

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