Na passada quinta-feira, dia 8 de junho, celebrou-se o Dia do Corpo de Deus. Na ocasião, o senhor Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, destacou a importância de promover a “comunhão”, na Igreja e na sociedade.
É precisamente a comunhão que evidenciamos nesta edição d’O ALCOA. Uma comunhão vivida pelos diversos agrupamentos de escuteiros dos concelhos de Alcobaça e da Nazaré, que em maio participaram nas comemorações do Corpo Nacional de Escutas (CNE) que celebrou, em Braga, 100 anos de vida. Um centenário que juntou mais de 23 mil escuteiros de todo o país.
Este movimento foi fundado em Braga, a 27 de maio de 1923, por iniciativa do arcebispo D. Manuel Vieira de Matos e Avelino Gonçalves, que em Roma mantiveram os primeiros contactos com o movimento ao assistirem, em 1922, a um desfile de 20 mil escutas durante o Congresso Eucarístico Internacional.
Ao longo destes 100 anos de vida, o CNE tem mantido a sua génese, representando um ativo indispensável na área da educação e contribuído para a formação de jovens, complementando a componente educacional proporcionada por outras instituições.
Reconhecendo a sua importância e por ocasião do centenário, a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) emitiu uma nota, onde salienta o papel do escutismo na sociedade como função complementar das demais instâncias educativas. “A sua relevante pedagogia tem provas dadas pelo mundo ao longo de mais de um século, sem perder a sua pertinência”, refere o comunicado da CEP. Esta é uma verdade também vivida pelo escutismo católico em Alcobaça e na Nazaré que, neste caminho, rumo ao centenário, guarda a relevância, de ter sido casa do primeiro Acanac – Acampamento Nacional do Corpo Nacional de Escutas, realizado nos campos de Aljubarrota, que pertencem ao município da Batalha e à diocese de Leiria-Fátima, em 1926, tendo durado nove dias.