A plataforma comparativa de preços, KuantoKusta, revelou que “o custo médio do cabaz para um aluno o segundo ciclo atingiu 122,58 euros”. Este ano, mais 15,22 euros do que em 2022. O preço do material escolar está mais elevado e um cabaz de oito artigos essenciais teve um acréscimo de 14% face a 2022, segundo esta plataforma. Infelizmente, isto é uma tendência recorrente. Anualmente, mais ou menos por esta altura, não são apenas os alunos que regressam às aulas, mas também os pais ou os encarregados de educação “obrigados” a aplicar matemática, que não necessita de ser muito avançada, mas terá de ser muito precisa. Tudo isso para fazer “render” os rendimentos disponíveis, cada vez mais magros face ao aumento do custo de vida. Uma ginástica para que o orçamento familiar não entre em colapso na hora de comprar o material escolar, a roupa e tudo o que faz falta para o início do ano letivo.
O incontornável regresso às aulas é um dos temas em destaque nesta edição d’O ALCOA. Os desafios para o próximo ano letivo, na visão dos responsáveis pelas escolas dos concelhos de Alcobaça e da Nazaré, bem como a colocação de professores, são dois assuntos em análise, para ler com atenção.
Nesta primeira edição de setembro também destacamos os 30 anos de carreira da escritora nazarena Isabel Ricardo, que já conta com 37 livros publicados em Portugal, quatro no Brasil, sete nos EUA, em inglês. Escritora que promete continuar a surpreender com as suas obras.
Na atualidade regional evidenciamos a situação dos produtores de vinha e de fruta da região, que continuam a sofrer com os elevados custos de produção e funcionamento. Valores que no fim da cadeia acabam por inflacionar e encarecer os bens junto do consumidor final. Neste ciclo económico voltamos ao início deste editorial, o aumento médio dos preços, para o qual não podemos olhar apenas para os valores do material escolar, em que se investe mais neste regresso às aulas. Temos de fazer contas a tudo o resto. Afinal, quanto custa viver?