A 20 e 21 de setembro, o Governo central trocou o trabalho de secretária por uma visita ao distrito de Leiria, onde se incluíram os concelhos de Alcobaça e da Nazaré.
A iniciativa “Governo Mais Próximo” foi o mote desta viagem. E, realmente, estiveram mais perto: muito junto da inauguração de projetos, como a apresentação do funicular da Pederneira, ou da obra de beneficiação do IC2 entre Freires e a Asseiceira. Visitaram também algumas empresas como a Frubaça ou outros projetos socialmente importantes, como o de acolhimento e da empregabilidade de imigrantes do Centro Cénico e de Bem-Estar Social da Cela, instituição que está hoje de parabéns, uma vez que assinala 50 anos de existência.
Não retirando a importância destas presenças, o “Governo Mais Próximo” deveria estar realmente mais ligado, tocando nos problemas reais da população. Podemos enumerar alguns: a falta de médicos de família, o problema da habitação, do desemprego ou até de acessibilidades. Preocupações que, sendo transversais a todo o país, não deixam de ser sentidas de forma diferente de região para região.
Nesta vontade largamente noticiada de estar junto, que proximidade teve realmente este Governo mais próximo?
Para os autarcas de Alcobaça e da Nazaré, a visita foi muito positiva. Aproveitando a visita dos dirigentes, os presidentes destes municípios fizeram os seus pedidos e mostraram planos e projetos, tentando garantir aprovação, financiamento ou até uma maior celeridade de execução.
Conforme confirmou a’O ALCOA Hermínio Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Alcobaça, a “proximidade” foi usada como uma oportunidade para apresentar os projetos e as ideias do município para o curto, médio e longo prazo, tendo essas propostas sido acolhidas com interesse.
Resta saber se esse acolhimento dará realmente frutos ou se não foi apenas mais uma ação política com a Europa à vista.