Na próxima terça-feira, dia 8 de março, comemora-se o Dia Internacional da Mulher. A igualdade de direitos entre mulheres e homens é cada vez mais consensual, mas nem sempre foi assim.
Zita Susano, 47 anos, de Turquel, concluiu o curso de estilista, no Porto, aos 19 anos, tendo feito, de seguida, um estágio na Holanda. “Tirar o meu curso foi mesmo difícil porque, naquela altura, as pessoas não iam muito estudar e muito menos saíam para fora, as mulheres iam para professoras”. O pai “sempre a apoiou”, mas a mãe nem sempre aceitou bem. Zita Susano, que concluiu o 12º ano a estudar à noite em Alcobaça e a trabalhar durante o dia, conseguiu ingressar no curso de estilista que tinha apenas dez vagas. “Quando fui fazer o estágio na Holanda, o proprietário da empresa foi falar com o meu pai e ficou combinado que eu nunca estaria mais do que um mês e meio sem vir a casa”, conta. O que ajudou também o namoro. O seu namorado de então é hoje seu marido, com quem construiu vida e teve três filhos. “O meu marido apoiou-me, ajudou-me sempre muito e ainda agora o faz”, sublinha a estilista.
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De uma geração diferente, Carla Sequeira, 30 anos, natural do Valado dos Frades, é a proprietária da empresa Namorango, criada em 2013. A empresária não regista qualquer discriminação ou dificuldade como empresária por ser mulher. “Tinha terrenos dos meus avós e decidi aproveitar porque hoje em dia as coisas não estão fáceis”, explica a jovem que, para além de gerente da Namorango, trabalha como promotora na Tabaqueira de Portugal.
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(Saiba mais na edição em papel e digital de 3 de março de 2016)