Especialistas no acolhimento

P. Tiago Roque
Pároco de Alcobaça e Vestiaria

A arte de bem acolher é própria da alma portuguesa e do espírito cristão. Está-nos no sangue, pela nossa história, em que as rotas pelo mundo nos fizeram abraçar os outros como irmãos. Realidade essa que havemos de manter na atualidade. Novos tempos, novos desafios.
Nos últimos dias, o país tem celebrado os Santos Populares. Alcobaça não ficou atrás. A cidade vestiu-se de festa para assinalar este tempo. Marcou-me a alegria e o espírito de serviço de tantos que trouxeram as suas instituições para a rua a festejar. Em cada banca, em cada marcha, sobressaíam os sorrisos, que as horas e horas de preparativos nos dias antecedentes não puderam esbater, antes impulsionaram. Todo o empenho teve como efeito um magnífico convívio. Quanto mais vivermos uma verdadeira fraternidade, tanto melhor será o nosso acolhimento a quem nos visita.
A hospitalidade das pessoas da região tem-se manifestado relativamente às Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ). Na sexta-feira passada, dia 23 de junho, a vigararia de Alcobaça-Nazaré contava já com a capacidade de acolher 1.057 jovens peregrinos em famílias de acolhimento. É marcante a forma como tantos se prontificaram a abrir as portas de suas casas para que nelas pudessem pernoitar jovens participantes das JMJ, que nem sequer se conhece previamente. Uma vez mais se faz notar o desejo de bem receber. Não havemos, contudo, de cruzar os braços, uma vez que o Comité Organizador Diocesano nos desafia a todos a triplicar o número de famílias de acolhimento. Como se tudo isto não bastasse, a nossa vigararia será a primeira a receber os Símbolos da JMJ, a cruz e o ícone de Maria “Salus Populi Romani”. Toda a diocese foi convocada para, no próximo sábado, dia 1 de julho, participar numa celebração eucarística, com a presença destes símbolos, na Igreja do Mosteiro de Alcobaça. Será presidida pelo Senhor Patriarca, o qual procederá à bênção das famílias de acolhimento que estiverem presentes. Será mais um momento de festa com os outros.
Que cada encontro seja vivido por nós como Maria na sua visita a Isabel. Uma procura de que o próximo esteja no centro e um serviço para o seu bem. Não esqueçamos que, quando o outro vem ao nosso encontro, é o próprio Jesus que vem.

P. Tiago Roque
Pároco de Alcobaça e Vestiaria

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