Mais de 23 milhões de euros. Esta é a diferença entre as exportações entre 2022 e 2023 no concelho de Alcobaça. Pedra, cerâmica e calçado são os setores nos quais as empresas das Terras de Cister marcam pela sua qualidade e rigor, o que leva à elevada procura no estrangeiro. No entanto, tem-se registado uma estagnação nos países da Europa, o que traz preocupações.

Alcobaça apresenta uma balança comercial positiva. Em 2023, exportou cerca de 323 milhões de euros em bens e apenas importou 297 milhões de euros, segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística. No ano anterior, apresentava uma balança comercial negativa. “Apenas no setor da cerâmica, o concelho de Alcobaça contribui com 40 milhões de euros de exportações em 2023, o que representa 4,5% do respetivo total nacional e 0,4% das exportações nacionais de bens”. A afirmação foi avançada a’O ALCOA por António Oliveira, consultor económico da Associação Portuguesa das Indústrias de Cerâmica e de Cristalaria (ACIPER). Esta conta com 74 empresas associadas. De Alcobaça, são sete empresas associadas, das quais cinco são do setor da indústria da cerâmica. De igual modo, António Oliveira acrescenta que o concelho de Alcobaça tem “tradição na produção de materiais cerâmicos, particularmente no segmento que abrange a cerâmica ornamental”, mas também tem expressão no “segmento da cerâmica de mesa e uso doméstico, não porcelana”. O consultor económico sublinha que as Terras de Cister representam 0,4% das exportações nacionais de bens, por isso pode-se concluir que a cerâmica é um “setor com um grau de especialização elevado no concelho”. E está entre os dez concelhos em que a “relação entre as exportações de produtos cerâmicos e as exportações totais de bens representa uma importância relativa mais elevada”. O consultor económico da ACIPER salienta que Nazaré, Batalha e Porto de Mós são alguns dos concelhos da região que também têm destaque no setor.

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