Instituições Democráticas = Direitos Humanos

Afonso Luís
Bancário aposentado

Nestes últimos dias, deixei de me interessar pelos noticiários das televisões. O prato forte tem sido, invariavelmente, o pior da política nacional, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), o ministro Galamba, o Primeiro Ministro e o Presidente da República em queziliazinhas de trazer por casa. E que é que tudo isto contribui para a defesa dos Direitos Humanos na nossa democracia? Claro que o escrutínio é fundamental, a transparência é um valor, mas… Mas vamos assistindo a um chafurdar em tudo, e por tudo e por nada, o que não abona quem o faz, não interessa a quem governa, não interessa à oposição, tal como não interessa ao cidadão comum. Por isso, os noticiários da atualidade já cansam. Na CPI, por exemplo, assistimos a algumas perguntas objetivas e interessantes a João Galamba, feitas pelo deputado do Bloco de Esquerda, Pedro Filipe Soares. Assistimos também a uma série de questões postas por vários deputados sem o menor interesse, e que nem para “lavar roupa suja serviam”. É nestas alturas que os populismos mais atacam as instituições democráticas, aquelas que são lideradas por quem vence as eleições, e estes ataques podem, em última análise, levar ao fim da democracia.
Sabemos o que aconteceu recentemente no Brasil, com o ataque aos Três Poderes (que poderíamos esperar de Bolsonaro?) e nos Estados Unidos, com a invasão do Capitólio (que esperar de Trump?).
Estes não foram atos isolados, levados a efeito por alucinados. Foram atos que fazem parte de uma estratégia que tem por finalidade descredibilizar e desacreditar as instituições que exercem legitimamente o poder, atacando o Estado de Direito, logo os Direitos Humanos e a democracia. Por cá, também temos gente desta.

Afonso Luís
Bancário aposentado

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