Isabel Ricardo. “Coloco a alma e o coração em tudo oque escrevo”

Neuza Santos
Jornalista

Isabel Ricardo completa, este ano, 30 anos de carreira. No entanto, a imaginação, a capacidade de inventar histórias, de escrever e ler sempre fizeram parte da vida da escritora nazarena. A’O ALCOA, Isabel Ricardo destacou a importância da leitura para o desenvolvimento educacional dos mais novos e de como é acarinhada pelos seus leitores, não esquecendo o sucesso das suas obras traduzidas, sobretudo nos EUA.

Como surge a literatura na sua vida?
Penso que já nasceu comigo a capacidade de inventar histórias. Já o fazia aos três anos, criando personagens, diálogos e enredos. Quando aprendi a ler e a escrever tornou-se algo natural e já escrevia pequenas histórias quando andava na escola primária. No entanto, cresci sem que me lessem uma história. O primeiro contacto com um livro foi na festa de aniversário de uma amiga; ofereceram-lhe um livro de aventuras e fiquei de tal maneira empolgada, que o ‘devorei’, enquanto as minhas amigas brincavam e se divertiam. Aos nove anos, inscrevi-me na Biblioteca Gulbenkian da Nazaré e comecei a trazer livros às escondidas dos meus pais, que me proibiam e à minha irmã de ler livros que não fossem os escolares.
Nas férias de verão, aos 11 anos, escrevi o primeiro livro de aventuras e descobri que era aquilo mesmo que queria fazer para o resto da minha vida. Escrever livros e encantar as pessoas com eles. A partir dos 13, desatei a ‘bombardear’ as editoras com os meus livros. Não me ligaram, não só pela minha idade, mas também pelo desconhecimento do nome, mas isso nunca me fez desistir. Continuei sempre a batalhar pela concretização do meu sonho e esperei 16 anos para que a minha primeira obra fosse publicada pela Carpe Diem – Associação Juvenil para a Arte e Cultura. E aos 29 anos publiquei A Floresta Encantada, que recebeu um prémio de cultura, devido à sua mensagem ecológica. O segundo, o romance histórico O Último Conjurado, foi também publicado pela Carpe Diem, em 1998, e depois nunca mais parei. Tive anos em que saíram cinco livros.

Saiba mais na edição impressa e digital de 7 de setembro de 2023

Neuza Santos
Jornalista

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