A Ordem de Cister, que se fixou em Portugal no século XII, deixou no nosso território uma importante marca da sua presença.
Os conjuntos monásticos que daí advêm refletem esse legado. O Mosteiro de Santa Maria da Júnias insere-se nesse conjunto. Pertencente ao distrito de Vila Real, concelho de Montalegre, esta joia cisterciense está classificada como Monumento Nacional desde 1950. De acordo com a Direção-Geral do Património Cultural, “o modesto mosteiro é caracterizado por ter uma igreja composta por uma nave poligonal, românica e capela-mor, gótica, com dependências conventuais desenvolvidas a sul, de que conserva troço de arcada gótica do claustro e outras construções”.
A nave foi alteada na época renascentista, conforme atesta a cornija. Outro aspeto interessante é o da fachada principal da igreja, terminada em empena de cornija truncada por dupla sineira, com portal de arco pleno. O Interior apresenta um púlpito no lado do Evangelho, dois retábulos colaterais e retábulo-mor barroco, de estilo nacional de transição.
Implantado num vale a uma cota elevada, de plena montanha, arredado de bons terrenos agrícolas, testemunha o interesse pela pastorícia. Construído no século IX, o Mosteiro de Santa Maria das Júnias destinava-se a albergar frades beneditinos, tendo sido durante o século XII entregue à Ordem de Cister.

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