No dia 23 de abril, o serviço de urgência do Hospital Bernardino Lopes de Oliveira, em Alcobaça, recebeu doentes reencaminhados por exemplo da Marinha Grande porque a urgência geral do Hospital de Santo André, em Leiria, tinha serviços encerrados. Situação que desde o início do ano já se verificou 42 vezes. Segundo nota enviada, a 5 de maio, à Agência Lusa pela Seção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, “as Urgências no Hospital de Santo André, em Leiria, estiveram fechadas 42 vezes este ano: 12 períodos em abril, oito em março, sete em fevereiro e 15 em janeiro”, ressalvando que, “nalguns destes períodos críticos, têm sido asseguradas, entre outras, as respostas em ortopedia, pediatria, ginecologia/obstetrícia e cirurgia”.

Também o comandante distrital de Operações de Socorro de Leiria, Carlos Guerra, confirmou a’O ALCOA “ter sido informado pelo Hospital de Leiria que alguns serviços daquele hospital, em períodos de tempo diversos, com constrangimentos, motivam o encaminhamento dos doentes para outras unidades hospitalares”. Informação que leva a que o Comando de Operações de Socorro de Leiria a notificar os corpos dos bombeiros, que ficam em alerta para possíveis deslocações para outros hospitais de destino.

Considerando o encerramento das urgências hospitalares de Leiria “uma situação grave, uma vez que provocam um impacto muito negativo na resposta efetiva à doença súbita e a situações de emergência”, Carlos Cortes, presidente da Seção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, aponta a falta de médicos especialistas neste hospital, cujo corpo clínico tem desenvolvido “um esforço notável”, e o facto de um terço dos episódios de urgência ser de doentes fora da área de influência do Centro Hospitalar de Leiria, atendidos por recursos humanos que não aumentaram na mesma proporção, como principais razões para o sucedido.

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