Leishmaniose

Ana Catarina Duarte
Enfermeira veterinária

A leishmaniose é uma doença parasitária crónica que afeta cães (rara em gatos) e pode ser transmitida ao ser humano. A transmissão ocorre pela picada de um inseto (flebótomo) e nunca diretamente entre cães ou do cão para o Homem.

Os flebótomos são mais ativos entre março e outubro, ao entardecer e ao amanhecer, e é nesta altura que é mais provável a transmissão da doença. O risco é maior em cães de pelo curto e que vivem em regiões com elevada prevalência de insetos (Trás-os-Montes e Alto Douro, Beiras, Ribatejo, Alentejo, Lisboa e Vale do Tejo e Algarve).

Os sintomas da Leishmaniose em cães são:


• Feridas em especial nas zonas que contactam com o chão quando o cão está deitado;
• Falta de pelo em torno dos olhos, nariz, boca e orelhas;
• Descamação da pele;
• Sangramento nasal;
• Perda de peso acentuada;
• Crescimento anómalo das unhas;
• Insuficiência renal (casos mais avançados).


“Prevenir é o melhor remédio!”. Os tratamentos não eliminam a doença, apenas controlam os sintomas e retardam a sua progressão.

A prevenção é feita pela aplicação de repelentes (pipetas ou coleiras) que reduzem o risco de picada por flebótomos. Além dos repelentes, cães que vivem em regiões com elevada incidência da doença, ou que para lá viagem, devem ser vacinados. A vacina não impede a picada, mas previne a progressão da doença. Devem ser evitados passeios com o cão nas horas de maior atividade dos insetos e caso o cão durma em canil devem ser colocadas redes mosquiteiras.

Se vive, ou pretende viajar com o seu cão para uma zona de incidência de Leishmaniose, informe-se com o médico veterinário sobre as formas preventivas.

Ana Catarina Duarte
Enfermeira veterinária

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