À frente da direção da Associação de Defesa e Valorização do Património Cultural da Região de Alcobaça desde setembro de 2017, Luís Pereira desvenda alguns dos projetos desta instituição que já conta com mais de quatro décadas de existência.
PERFIL
Nome: Luís Peres Pereira
Idade: 43 anos
Atividade profissional: Empresário ligado a antiguidades e investigador de história local
O que o levou a aceitar o desafio de presidir à direção da Associação de Defesa e Valorização do Património Cultural da Região de Alcobaça (ADEPA)?
Acima de tudo, duas coisas: o gosto pelo património, pela cultura, o gosto obviamente por Alcobaça e toda a história do seu passado e, acima de tudo também, a muita consideração que eu tenho pela instituição que é a ADEPA em si.
O que representa para si a instituição?
Primeiro, é a associação mais antiga do país. Segundo, tem a ver com a sua génese, na medida em que, naqueles momentos específicos nos finais dos anos 70, quando a questão do património começou a ser muito debatida, a ADEPA conseguiu ter uma posição cimeira neste assunto. No que respeita ao património de Alcobaça, com o legado cisterciense que felizmente temos, a ADEPA soube, ao longo dos tempos, fazer essa transição. Conseguiu muito vincar esse primeiro período com a questão monástica e a sua história, fazendo a transição com várias direções, nomeadamente a de Carlos Mendonça em que a arqueologia começou a ser outro dos pontos muito importantes da sua intervenção, e depois com os projetos de educação ambiental, que também temos neste momento.
Esta minha nova etapa vai tentar respeitar este legado, mas vamos procurar ter parcerias muito mais alargadas com as faculdades, com os centros de investigação, com institutos nacionais e estrangeiros, para sairmos da questão local. Temos uma quantidade de projetos pensados localmente, mas é importante pensar em Alcobaça não apenas como uma questão local, mas uma questão nacional e internacional e, acima tudo, de Alcobaça e tudo o que ela tem para oferecer, do ponto de vista cultural e patrimonial. Alcobaça pode ser aqui um bocadinho como o Ronaldo no futebol, porque o seu passado está comprovado, debatido, afirmado, reafirmado. Temos que ter a cabeça bem erguida e assumir esta coisa da identidade de Alcobaça, de alcobacense e de cultura alcobacense.
(Saiba mais na edição de 6 de setembro de 2018)