Celebrámos o Dia do Pai. Todos os dias são válidos para celebrar a paternidade. A missão do homem na sua família realiza-se a cada minuto que passa. Mas uma vez que o calendário nos dá tal dia, aproveitemos para refletir na maravilha que é ser pai… e nas suas dificuldades. Porque tantas vezes o homem se confronta com a necessidade de trabalhar longe de casa. Ou porque as adversidades e os dilemas da vida conduziram a uma separação do casal. Ou ainda, porque a realidade da guerra no nosso lobo afasta os que se amam, não havendo certezas de que se voltem a encontrar. Deparamo-nos com inúmeras mães que desempenham a sua vocação de forma hercúlea, na ausência do seu marido. Todavia, por maior que seja o empenho e a entrega da mãe na educação dos seus filhos, em rigor, ela nunca vai conseguir ser pai. Desejamos um crescimento integral e são das nossas crianças e jovens. E porque não pensar a paternidade, tendo por base José, escolhido para acolher Jesus como seu filho? É curioso que uma das características mais óbvias deste santo homem seja o silêncio. Se procurarmos nos Evangelhos palavras concretas da sua boca, não vamos encontrar qualquer uma. José não precisa de muitas palavras. A sua presença, bem como os seus atos de coragem e de bondade nas horas certas são muito mais significativos. É então no silêncio do seu coração que ele escuta a voz divina e dos seus mensageiros e permite que os sonhos de Deus se tornem os seus próprios. Certamente que José terá sentido a dúvida, a incerteza, até mesmo o medo. Mas porque estava centrado e a prioridade na sua vida eram Jesus e Maria, não quis baixar os braços. Deus desejou que o seu filho tivesse na Terra um pai, o qual o educou para a fortaleza, o ensinou a trabalhar e lhe deu o exemplo no acolhimento das cruzes da vida. Afinal, São José soube sempre levar a sua cruz e, no dom de uma vida nova que ela nos traz, pôde deparar-se com as imensas maravilhas de Deus.
É surpreendente como um homem tão simples pôde tanto. Diz-se por aí que a forma como concebemos Deus Pai tem muito a ver com a nossa relação com o nosso pai na Terra. José certamente seria um exemplo ímpar de amor. Nesta missão da paternidade, seja o Amor a falar sempre mais alto. São José, rogai pelos nossos pais!