“O meu principal objetivo é ser campeã-nacional de sub-18”

Lúcia Quitério, atleta natural da Benedita, somou em setembro o primeiro ponto no ranking WTA em ténis. Aos 16 anos, a tenista representa o Felner Tennis Academy em Caldas da Rainha.
Em setembro, Lúcia Quitério foi vice-campeã do campeonato nacional de absolutos em pares, ao lado de Rita Pinto. O par tinha vencido, nesta temporada, o campeonato nacional de sub-18, competição na qual Lúcia Quitério foi vice-campeã nacional em singulares. Em setembro Lúcia Quitério venceu no Banc Beloura Junior Open um dos principais torneios de sub-16 da Europa.

Como começou o teu percurso no ténis?
Comecei a jogar ténis aos nove anos no CRP (Centro Recreativo e Popular da Ribafria, Benedita), que era perto da minha escola. Pratiquei também futsal mas descobri que preferia um desporto individual, onde dependesse só de mim. Acabei por experimentar o ténis e gostar. Treinei cerca de cinco anos com o André Rufino e depois com Paulo Sérgio Carvalho na Benedita. E fazia alguns treinos em Leiria, onde estive federada (CIT – Centro Internacional de Ténis de Leiria). Em 2016, passei a treinar em Caldas da Rainha.

Estudas na Benedita, mas treinas nas Caldas. Como geres o teu tempo?
Aqui na escola, não consigo treinar bidiário. Faço, no entanto, as horas que estão indicadas para o meu nível, mas tenho de me levantar bastante cedo e, mal acaba a escola, vou treinar. É bastante desgastante porque não consigo, quando necessário, faltar a algumas das aulas, como acontece noutras escolas. Todos os dias tenho, no mínimo, duas horas de treino em court. Depois desse treino, temos sempre trabalho físico, seja força, resistência ou exercícios de prevenção de lesões. Tudo adaptado ao ténis.
O Estatuto de Atleta de Alto Rendimento poderia ajudar a compatibilizar a escola e o ténis?
Este ano, falhei esse objetivo por sete lugares no ranking. É necessário estar no top 300 da Europa, em juniores, mas acabei por não fazer muitos torneios no escalão. Com o estatuto de Alto Rendimento seria possível, por exemplo, mudar datas de testes ou mesmo faltar a algumas aulas quando necessário.

Que objetivo tinhas no início do Open do Porto?
O meu principal objetivo era passar a fase de qualificação, apesar de também aí estarem atletas estrangeiras. Fui passando ronda a ronda e, no quadro principal, acabei por jogar com a minha parceira de pares, algo que é sempre difícil. Mas acabei por vencer em dois sets. No encontro seguinte, contra uma espanhola, ainda venci um dos sets, mas não era tarefa fácil, especialmente porque ela era muito forte no serviço.

Que diferença encontras entre os torneios de juniores e os de seniores?
A maior diferença está na experiência. Nos jogos de atletas mais jovens, existem fases em que, quando as coisas não correm bem, nos deixamos ir abaixo. Não há tantas recuperações porque as atletas mais velhas têm a capacidade para perceber, em determinados momentos do jogo, um ponto frágil das adversárias e dão a volta ao resultado. Algo que não se vê nos torneios de formação.

Que objetivos tens para a próxima temporada?
O meu principal objetivo é ser campeã nacional de sub-18, depois de este ano ter sido vice-campeã. Quero fazer mais pontos ATP e estar em mais torneios internacionais. Tiago santos

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