O tempo de um novo Patriarca

P. Tiago Roque
Pároco de Alcobaça e Vestiaria

Acolhemos na nossa diocese um novo Patriarca. D. Rui Valério tomou posse no passado dia 2 de setembro, na Sé Patriarcal. Tanto nesse momento como na celebração da sua entrada solene, no dia 3, no Mosteiro dos Jerónimos, com as palavras que dirigiu a todos os diocesanos, frisou um dos papéis principais da Igreja no mundo: a missão, a evangelização. Não esquecer o mandato que Jesus fez aos seus discípulos de ontem e de hoje, mas concretizá-lo como prioridade.
O novo Patriarca de Lisboa dirigiu o seu obrigado a D. Manuel Clemente por ao longo do seu ministério, não perder de vista este projeto de levar Cristo e a sua alegria a todos. Recordamo-nos certamente do Sínodo Diocesano, por ele convocado, que fez a todos refletir na atualidade da nossa diocese e nos desafios que enfrenta. Pudemos definir um caminho a seguir em função do ideal de uma Igreja em saída. Abrir as suas portas e partir ao encontro dos outros. Temos presente ainda o grande encontro das Jornadas Mundiais da Juventude, no qual D. Manuel se empenhou com todas as forças. Foi muito mais do que um encontro divertido de jovens. Foi a consciência de que a Igreja se encontra bem viva e desperta para gritar a plenos pulmões aquilo em que crê. D. Rui afirmou que a jornada foi um verdadeiro “desconfinamento espiritual da humanidade”. A experiência de conhecer Jesus Cristo e de O seguir torna–se fogo que arde no coração. Quem assim vive não consegue reservar a fé no seu íntimo. Tem que anunciá-lo a todos sem exceção. D. Rui proferiu assim com entusiasmo: “Morreu a vergonha de se ser Igreja”; “Morreu a cultura do terror e ressurgiu uma Igreja de rosto erguido”; “Sim, morreu a mentalidade individualista”; “Morreu ainda uma forma de ser Igreja que o Papa Francisco apelida de clericalismo”. salientou que o rosto da Igreja há-de ser sempre o serviço. Voltou à afirmação do Papa Francisco de que a Igreja está de portas abertas a todos e não deixou de se manifestar em profunda união com as “vítimas de qualquer tipo de abuso” e empenhado em colaborar na cura das mesmas.
As palavras de D. Rui Valério não poderiam chegar num tempo mais oportuno. No início de ano pastoral, havemos de definir o nosso programa em cada comunidade com base na missão.

P. Tiago Roque
Pároco de Alcobaça e Vestiaria

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