Sabia que no interior do Mosteiro de Santa Maria de Coz há um arco que remete para a possível passagem de peregrinos de Santiago de Compostela?
Situado num local não acessível ao público, o arco apresenta vários símbolos, como a vieira ou a cabaça, que habitualmente fazem parte da indumentária do peregrino de Santiago. A descoberta já tem alguns anos. Segundo Álvaro Santo, presidente da União de Freguesias de Coz, Alpedriz e Montes, “aquando do restauro do altar da Igreja, chamaram-nos a atenção para isso”. O autarca desvenda a’O ALCOA que agora, e após a transformação da antiga escola primária de Coz em albergue, gostaria de projetar um outro circuito que levasse os peregrinos com destino a Santiago de Compostela a passarem por ali. “Conforme já existe o trajeto identificado pela Associação dos Amigos dos Caminhos de Fátima, no itinerário do Caminho Poente (Fátima), e o percurso desenhado pelo Centro Nacional da Cultura, o chamado Caminho da Nazaré”, esclarece. “Queremos aprofundar esta relação do Mosteiro de Santa Maria de Coz aos peregrinos de Santiago, para restabelecer esse circuito, que provavelmente terá existido”, nota. O objetivo do presidente, com esta identificação, é cativar, por exemplo, quem vem de sul, “levá-lo a deslocar-se por esta rota e usar o nosso albergue”.
Saiba mais na edição impressa e digital de 17 de fevereiro de 2022.
Uma resposta
O Caminho Poente tem um pouco a mão de amigos do concelho, que nomeadamente em 2011 fizeram algumas marcações, e reforçado/divulgado e bem pela AACF.
O CNC recentemente pegou em mãos, fez algumas alterações ao inicialmente existente, em particular na parte inicial na Nazaré e no final após a Pia do Urso (pessoalmente, prefiro o traçado original)
Podia sim a autarquia, lutar e dinamizar o Caminho “chamado do mar”, de Lisboa a Fátima, introduzir um desvio alternativo dos campos do Valado a Cós.
É conhecido que, a rota Lisboa, Cascais, Sintra, Mafra, Torres, Óbidos, Caldas, Alcobaça, Aljubarrota, Batalha, Leiria, Pombal e Coimbra foi uma via Peregrina de passagem para Santiago, onde em Coimbra se unia ao Caminho português central.
Muito mais se poderia fazer nesta vertente se assim o quisessem, mas o tal Caminho do mar, segundo o CNC, está muito abandonado pelas autarquias onde passa, e não tem também pontos de apoio/dormida designados.