Região. Emigrantes da região partilham tradições de Natal longe da pátria

Paulo Mor, de Valado dos Frades, na Suíça

Na Suíça, onde se encontra Paulo Mor há 7 anos, a neve marca de branco o Natal helvético, que acabou por sofrer múltiplas influências culturais, uma vez que a Suíça faz fronteira com quatro países. “Vivo na parte alemã – Cantão Uri – e, por isso, quase todas as tradições natalícias daqui” são de origem alemã, diz o valadense de 51 anos que trabalha no revestimento e isolamento das fachadas das casas. Tradições, como iluminações e decorações que, quatro semanas antes do Natal transformam as cidades. Paulo explica que os suíços gostam de decorar as suas casas, mas que, por exemplo, os cidadãos helvéticos mais tradicionais se mantêm fiéis aos pinheiros naturais e tem verdadeira repulsa pelas árvores de Natal artificiais. O valadense destaca aquela que é uma espécie de contagem regressiva para o Natal, em que o calendário traz uma surpresa, brinquedo ou chocolate, para cada dia de dezembro. A coroa do Advento é outra tradição que mantêm até hoje: “nos quatro domingos que antecedem o Natal, uma das quatro velas da coroa é acesa”.
Os famosos mercados de Natal de rua são imagem de marca do país, bem como a raclette, fondue, as salsichas no pão e o läckerli – uma espécie de biscoito à base de mel, frutos secos, laranja cristalizadas, casca de limão e especiarias – na noite da consoada a 24 de dezembro. No dia de Natal, descansa-se ou visitam-se familiares. A 26 de dezembro, também é feriado: dia de Santo Estêvão, o primeiro mártir “em razão da sua fé cristã”. Como explica Paulo Mor, os presentes são recebidos pelas crianças a 24 ou 25 de dezembro: o Menino Jesus «traz» os presentes e as crianças encontram-nos, na maior parte das vezes e de forma surpreendente, após a visita à Igreja sob a árvore de Natal iluminada com velas.

 

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