Região. Mão de obra imigrante necessita de melhor integração

O nepalês Kamal M. , de 34 anos, veio para Portugal em busca de “melhores condições de vida”, como contou a’O ALCOA. Chegou em abril deste ano, por intermédio de amigos que já cá estavam. Sempre trabalhou na agricultura e quando chegou foi inicialmente para Estremoz, no Alentejo. Atualmente, trabalha numa empresa de reciclagem de plástico, em Pataias, onde foi pedir trabalho, com o irmão e cunhado. Só para ele houve trabalho. Depois disso, nas últimas semanas, outros dois nepaleses foram bater à porta da mesma fábrica a pedir emprego, provavelmente libertados do setor agrícola que, nestes meses, está já a empregar menos mão de obra.

Kamal vive numa localidade próxima. Começou por vir a pé para o trabalho, mas já conseguiu adquirir uma bicicleta em que se desloca, mesmo nos dias de chuva. O diálogo é difícil, mesmo em inglês, mas conta que divide uma casa com quase 20 pessoas de outras nacionalidades, entre brasileiros, angolanos e bengaleses, contribuindo com cerca de 150 euros por mês para a renda. Kamal tem o sonho de um dia trazer o filho de sete anos e a esposa, que deixou no Nepal, para perto de si. Sem experiência anterior na indústria e com dificuldade em compreender e falar mesmo em inglês, desempenha por enquanto tarefas na empresa que não implicam grandes explicações técnicas, ainda que seja remunerado ao nível dos restantes operários. Kamal é funcionário da empresa, que lhe paga diretamente, sem qualquer intermediário, com situação legalizada em Portugal e com os devidos descontos da empresa para a Segurança Social, ao contrário de muitas situações que têm sido noticiadas na comunicação social noutros pontos do País.

Saiba mais na edição impressa e digital de 3 de novembro de 2022.

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