“Insustentável”. O adjetivo face à situação provocada pelo aumento dos combustíveis é de Sónia Tomás, da Transportes Capuchos, Lda., uma empresa ligada à construção. Com “três camiões e outras máquinas, a empresa gasta, por mês, cerca de 6.000 litros de gasóleo, na época alta”, adianta a sócia-gerente, de 47 anos, a’O ALCOA. Desde o “início do ano, o gasóleo já teve uma subida de 28 cêntimos por litro, e até ao final do ano vai para pior, porque prevê-se que o gasóleo ronde os dois euros”, anuncia a sócia-gerente. Só a “giratória de rastos, a máquina mais utilizada, que trabalha cerca de oito a dez horas, gasta 5,04 euros de gasóleo por hora”, exemplifica. Contudo, o “combustível não foi o único material que subiu de preço”, como adianta. Por exemplo, “em janeiro, comprámos, 20 litros de lubrificante, tendo ficado a 32 euros; no verão, comprámos igual quantidade por 64 euros”, exemplifica Sónia Tomás. A sócia-gerente lamenta ainda “a carga fiscal” relativa aos salários. Porém, a Transportes Capuchos, Lda quer evitar elevar o preço dos seus serviços, que são os mesmos de “há dez anos”, porque “há muita concorrência”, e a subida de preços trará “consequências”. Até à data, “a quebra de faturação pode ser inferior à de 2020, que foi de 44%”, mas longe de 2019, “devido ao preço dos recursos”, remata.
Saiba mais na edição impressa e digital de 28 de outubro de 2021.