“Em momento oportuno iremos fazer todas as diligências para que a fachada não se degrade. A partir daí pensar-se numa recuperação total do edifício, não para unidade hoteleira, obviamente não tem massa crítica para isso, mas recuperar aquilo que é o mais importante, a traça do edifício, para continuar sempre com a beleza que tem”, garantiu a’O ALCOA, José Coutinho, administrador da Amitur, empresa detentora, desde julho de 2018, da propriedade do Hotel Parque, em São Martinho do Porto. O edifício oitocentista, de interesse municipal, sofreu, a 21 de janeiro, um incêndio. Ocorrência que o proprietário afirma “não fazer a mínima ideia do que teria ocorrido para o hotel incendiar”. As chamas deflagraram perto das 17h00, na parte traseira do edifício e depressa progrediram. Conforme adiantou a’O ALCOA João Bonifácio, comandante dos Bombeiros Voluntários de São Martinho do Porto, “desta vez, o foco do incêndio foi a cobertura do edifício, o que tornou tudo muito mais difícil”. O comandante avança que já tinham ido, “pelo menos três vezes, ao local”, noutras ocasiões, “para apagar outros incêndios”, mas “desta vez foi pior”. As maiores dificuldades foram o acesso à cobertura, que levou a que tivessem de acionar duas autoescadas dos Bombeiros Voluntários de Alcobaça e das Caldas da Rainha. No local estiveram num total de 12 veículos e 32 homens. “A maior complexidade foi o acesso ao edifício, uma vez que era preciso salvaguardar a segurança dos operacionais”, sintetiza o comandante, salientando que “nunca se colocou em perigo as outras habitações”. O incêndio foi extinto perto da meia-noite, mantendo-se alguns operacionais para rescaldo.

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