S.O.S. Património. Sistema hidráulico cisterciense

Catarina Reis
Jornalista

Grande engenho no domínio da água, o sistema hidráulico cisterciense de Alcobaça foi um dos grandes tesouros e legados que os monges de Cister nos deixaram. Desenrolando-se ao longo de dois quilómetros, o sistema respondia pelo abastecimento de água ao mosteiro. Um sistema “evolutivo durante a vida cisterciense, sempre em modificação e rearranjos”, explicou a’O ALCOA Pedro Tavares, engenheiro civil que tem estudado as questões hidráulicas do Mosteiro de Alcobaça e da sua envolvente cisterciense. A importância que os monges davam à água era tal que fez com que o mosteiro “nascesse” entre os rios Baça e Alcoa.

No sistema, há vários elementos de grande relevância. A levada era um canal de grande caudal destinada aos usos industriais, às lavagens, à produção de energia hidráulica. Já a conduta de água potável, constituída por elementos calcários colocados à superfície ou em galeria subterrânea, de forma a poder ser feita a sua manutenção periódica, servia as funções que requeriam águas de qualidade mais controlada. Este engenho hidráulico “foi motor de grande progresso nos 680 anos de vida Cisterciense em Alcobaça”, resume Pedro Tavares, acrescentando que “nos quase 200 anos que se seguiram, ainda foi parcialmente usado na primeira metade, quando as comunidades viviam da água local”.

Saiba mais na edição impressa e digital de 26 de maio de 2022.

Catarina Reis
Jornalista

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