Saúde. Irmãos de etnia cigana sem medicação e em barracas

“Não aceitam qualquer intervenção por parte da saúde”, nem “acompanhamento no âmbito da sua condição clínica, não estando por isso a ser medicados” para a esquizofrenia diagnosticada. A explicação é de Eva Gonçalves, da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Alcobaça, tutora dos dois irmãos de etnia cigana, que foram notícia na última edição d’O ALCOA, por alerta de uma leitora, face às péssimas condições em que vivem, em Alcobaça.
Segundo a tutora, os irmãos Inocêncio e Fernando vivem há 20 anos em Alcobaça, após terem vindo de Peniche com os pais. Após a atribuição de alojamento a cerca de 24 famílias ciganas na cidade, em 2010, “foi também atribuído alojamento a estes senhores, mas eles não quiseram sair das suas barracas”, garante Eva Gonçalves. “Foi difícil a aproximação com eles”, mas ao longo do tempo a ligação foi ficando mais forte, tendo chegado a conseguir levá-los inclusive a consultas médicas. “Com o Sr. Inocêncio é possível dialogar, mas com o Sr. Fernando não”, esclarece a tutora.
Eva Gonçalves, que é tutora dos dois irmãos desde 2015, após intervenção e convite por parte do Ministério Público, assegura que muitas foram as tentativas, em conjunto com entidades como a Segurança Social e o Ministério da Saúde, para alteração das suas condições de vida, mas sem sucesso. Por duas vezes, em 2010 e 2016, a Segurança Social tentou alojar Inocêncio e Fernando, mas em ambos os casos recusaram.

 

(Saiba mais na edição 2477 do jornal O ALCOA de 6 de fevereiro de 2020)

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