“Todos os alcobecenses devem estar orgulhosos do que o Ginásio conseguiu”

Foto por Hélder Matias

O Ginásio Clube de Alcobaça voltou à glória, alcançando uma temporada “quase” perfeita, voltando a conquistar o título de campeão distrital da Divisão de Honra da Associação de Futebol de Leiria e o consequente regresso aos Campeonatos Nacionais, três anos depois.

O título é obviamente mérito de um notável trabalho coletivo, mas nesta conquista alcobacense não podemos realçar um rosto muito peculiar.

Miguel Pinheiro, capitão de equipa, um filho da casa, um título que à muito desejava pelo “seu clube”. Foi um dos grandes “pêndulos” do Ginásio ao longo de toda a temporada, uma “extensão” de Filipe Faria dentro das quatros linhas e provavelmente ninguém mais merecia este título como ele. Foram vários os clubes por onde passou na sua carreira, desde Sporting, Lixa, Igreja Nova, Torreense, União de Serra ou mesmo Beneditense, mas certamente que uma conquista como esta com outra camisola nunca lhe daria tanto prazer.

O ALCOA esteve à conversa com o capitão alcobacense, onde revelou a sua paixão enorme pelo clube, a satisfação por o recolocar no patamar onde merece e o que fazer renovar por mais uma temporada.

 

Começando pelas recentes conquistas, conseguiu finalmente ser campeão distrital pelo Ginásio. Qual é o sentimento que lhe veio na alma após a confirmação do título de campeão?
Um sentimento de alegria muito grande, mas acima de tudo um sentimento de dever cumprido. Finalmente este clube está num patamar que faz jus à sua história. Foi uma época muito desgastante, defrontámos equipas muito fortes, mas na minha opinião, no fim, ganhou a melhor equipa, ganhou o melhor grupo.

Certamente que esta conquista é um sonho concretizado para si, após já ter afirmando por diversas vezes o seu “amor” ao clube e à cidade de Alcobaça.
Quando voltei a casa há 4 anos tinha o sonho de colocar o clube no patamar a que chegámos, felizmente conseguimos. Amo de coração o clube, amo de coração a minha terra, penso que todos os Alcobacenses devem estar orgulhosos daquilo que o clube conseguiu.

Quando regressou em 2012 ao Ginásio, participou no último plantel que defendeu o Ginásio na última presença nos Nacionais, na extinta 3ª Divisão, acabando na descida aos distritais. Tinha muita vontade de colocar o clube de novo neste patamar?
Sem dúvida, aquilo que penso é que um clube como o Ginásio tem de se consolidar de uma vez por todas nos nacionais. Somos um dos maiores e melhores clubes no distrito de Leiria, por isso.

O ano passado, o Ginásio esteve perto da subida, este ano acabou por concretizar-se. Esta época, com o plantel que tinham, com a competitividade da Divisão de Honra, sempre acreditou que podia o “seu” Ginásio podia ser campeão?
Foram dois anos muito positivos, embora na época passada não tenhamos ganho nada, não podemos esquecer que terminamos em segundo o campeonato e fomos à final da taça. Acabou por ficar um sentimento agridoce porque queríamos muito dar uma alegria à cidade e aos adeptos. Felizmente essa alegria chegou esta época com as conquistas do campeonato e da supertaça. Sempre acreditei porque sempre acreditei na qualidade do grupo. Tive o privilégio de partilhar balneário com grandes jogadores e grandes pessoas.

Em que altura da temporada, sentiu concretamente que o título podia ser uma realidade?
Houve um jogo em particular que, perdemos em nossa casa, nos ficou atravessado. Mexeu com o nosso orgulho, mas penso que nos tornou mais fortes. O grupo uniu-se ainda mais e depois de vitória em vitória e com o desenrolar do campeonato o sonhou tornou-se real.

Ficou a faltar a Taça Distrital para ser uma época de “sonho” para o Ginásio?
Penso já ter sido uma época de sonho. Não podemos esquecer que ganhámos 2 troféus em 3 possíveis. É lógico que queríamos muito ganhar a taça também, mas ficou bem entregue. A Benedita fez uma época muito boa, e nesse jogo fizeram por merecer a conquista da taça.

Já é público que renovou mais uma temporada com o Ginásio, quando muito se falava que poderia por um ponto final na sua carreira oficialmente. O que o convenceu a renovar mais uma época?
Acima de tudo o amor pelo clube, pela cidade e pelos meus colegas. Não conseguiria estar bem se não estivesse com eles na luta que aí vem. Vai ser um ano difícil, mas todos juntos vamos conseguir.

Não se sentiu tentando a acabar em carreira em grande com um título de campeão distrital e uma Supertaça, em detrimento do “risco” do regresso do Ginásio aos campeonatos nacionais na próxima época?
Quando pensei em acabar a carreira não foi com esse sentimento de acabar em grande. Foi por achar que a família, que agora aumentou, já merece que passe mais tempo em casa. A minha prioridade agora é a minha filha. Mas como já disse não podia virar as costas ao clube do meu coração.

O que espera da presença do Ginásio no Campeonato de Portugal Prio na próxima época?
Sabemos que o clube vai passar por uma fase de adaptação com algumas dificuldades, mas se conseguirmos ultrapassar essa fase rapidamente vamos conseguir atingir os nossos objetivos que passam por permanecer no Campeonato de Portugal Prio.

Na qualidade de capitão, convido-o a deixar uma mensagem aos adeptos ginasistas para que estejam mais próxima época?
Primeiro queria deixar um agradecimento especial a quem teve connosco desde o primeiro dia. Aquilo que conquistámos foi para eles.  Depois pedir aos sócios e simpatizantes do Ginásio, que apareçam no estádio. Vai ser um ano muito difícil, mas com a ajuda de todos vamos conseguir o nosso grande objetivo. Juntos somos mais fortes.

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