“Será um ano excelente em qualidade, mas com uma redução significativa de quantidade, principalmente por perdas diretas com o escaldão e a seca”. Esta é a perspetiva para os produtores de vinhos da região de Alcobaça, disse a’O ALCOA Rodrigo Martins.
Segundo o enólogo responsável pela Adega Cooperativa de Alcobaça, as maiores dificuldades prendem-se com “o ser competitivo” e atualmente “arranjar garrafas para encher vinho”. O aumento dos custos de todos os fatores de produção faz com que os vinhos sejam menos competitivos, “com perda de ganho evidentemente para os produtores” uma vez que “não é possível de imediato corrigir os preços para fazer face a esses aumentos”, esclarece o enólogo, que tem projetos em muitas regiões vitícolas nacionais e que também tem vinhos de produção própria. A somar a tudo isto, está também a questão logística, onde se tem verificado “mais atrasos nos envios de vinhos, principalmente para o mercado externo”, em que os importadores acabam por ser “os mais prejudicados com o aumento dos transportes”.
Com 334 associados, dos quais 100 ativos, “dependendo de cada campanha”, Rodrigo Martins avança que a Adega Cooperativa de Alcobaça irá dar “continuidade ao investimento na modernização da sua adega” com o objetivo “de manter ou aumentar a qualidade, já atingida, dos nossos vinhos” e implementar, de forma definitiva, as suas marcas “a nível local, nacional e internacional”.
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