Avós que cuidam dos netos vivem até 10 anos mais

Ajudar os outros compensa. É a conclusão de um estudo levado a cabo por uma equipa de investigadores de vários países que constatou que as pessoas mais velhas que apoiam e cuidam dos outros vivem mais tempo.
A pesquisa apurou que “os avós que cuidam dos seus netos vivem, em média, mais tempo do que os avós que não cuidam deles”, salienta num comunicado a Universidade de Basel, na Suíça, uma das entidades envolvidas na pesquisa.
Publicada no jornal Evolution and Human Behavior, o estudo envolveu mais de 500 pessoas, com idades entre os 70 e os 103 anos. “Metade dos avós que cuidavam dos seus netos ainda estavam vivos cerca de dez anos depois da primeira entrevista em 1990″, referiu aquela universidade, notando que o mesmo efeito se aplica “a participantes que não tinham netos, mas que apoiavam os seus filhos – por exemplo, ajudando nas tarefas domésticas”. Em contraste, cerca de metade dos que não cuidavam de outros morreram em cerca de cinco anos.
Este efeito positivo não está apenas relacionado com a prestação de cuidados no seio da família, mas também se verifica em idosos sem filhos que disponibilizaram algum tipo de “apoio emocional” a outras pessoas. “Metade destes cuidadores viveram por mais sete anos, enquanto os não cuidadores viveram, em média, por apenas mais quatro anos”, reporta a universidade.
E a ajuda no contexto familiar parece extravasar para um contexto mais geral. Segundo a investigadora que liderou o estudo, é plausível que os comportamentos pró-sociais dos pais e avós, no contexto familiar, deixem boa impressão no corpo humano em termos do sistema neural e hormonal que lança depois a fundação para a evolução da cooperação e do comportamento altruístico em relação a pessoas fora da família.
Mas tudo o que é demais… “O envolvimento de um cuidar de nível moderado parece ter efeitos positivos na saúde, mas estudos anteriores mostraram que um envolvimento mais intenso causa stress, o que tem efeitos negativos na saúde física e mental”, salvaguarda um dos investigadores.

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