No final de setembro, Pedro Machado, presidente do Turismo do Centro de Portugal, anunciou um projeto de divulgação do Património Mundial, a ser incrementado em 2017 e 2018, cujo objetivo é valorizar, de forma integrada e em rede, o património classificado pela UNESCO de Alcobaça, Batalha, Tomar e Coimbra. Pertinente pretexto para analisar o estado de conservação do património da região já que reparos e fotografias enviadas a’O ALCOA retratam situações de lastimável descuido.
“O património construído do concelho tem algumas carências”, afirma a alcobacense Maria Zulmira Marques. Em seu entender, “na cidade, o mosteiro, no que concerne às zonas gótico-cisterciense e manuelino, estão bem preservadas, mas as zonas mais recentes que englobam os claustros do Cardeal e Rachadouro carecem de grandes arranjos que a construção do futuro hotel poderá, em parte, resolver”. O Convento de Coz, “apesar de ter a igreja relativamente bem conservada”, tem o espaço envolvente “bastante deteriorado”. As “igrejas matriz das antigas vilas dos coutos” estão geralmente bem conservadas, mas “as singelas capelas rurais carecem de atenção, principalmente a Igreja da Senhora da Luz”.