A desinformação na política

Afonso Luís
Bancário aposentado

A democracia (do grego demokratia – governo do povo) teve origem na Grécia antiga há mais de 2500 anos.
De todas as formas de governo, esta, sendo má, é a menos má de todas, no dizer de Winston Churchill. No polo oposto, temos a ditadura. Portugal, como sabemos, vive há quase 50 anos em democracia. Mas não é de espantar que apareçam, de vez em quando, uns figurões ou uns partidos a atentar contra a democracia, servindo-se de todos os expedientes. Atualmente, há um partido que vive de fake news e de desinformação. E há quem embarque nisso. Um partido que pretendia acabar com os Ministérios da Saúde e da Educação e que, agora, até preconiza mais investimento nestas áreas, merece credibilidade? Paradoxalmente, as sondagens atribuem-lhe a hipótese de atingir os dois dígitos na votação das próximas eleições legislativas… pasme-se! O seu dirigente máximo (aliás, o partido é ele próprio) acusa os outros políticos de serem todos uns corruptos. Na verdade, segundo organizações internacionais fidedignas, a corrupção em Portugal nunca foi tão baixa como é hoje. É certo que, a avaliar pelos recentes processos levados a cabo pelo Ministério Público, até parece que vivemos num país dirigido por gente corrupta, tal o elevado número de acusações que têm sido feitas e que, afinal, não são confirmadas pelos juízes. Até o Primeiro Ministro em exercício aguarda o resultado de uma acusação baseada na escuta de um qualquer telefonema. Para quando uma decisão judicial a sério? Sendo os políticos a emanação da sociedade em geral, só eles é que são corruptos? Todos nós, trabalhadores indiferenciados, comerciantes, médicos, professores, advogados somos impolutos.
A corrupção chegou à classe política e parou. O que os políticos parecem ser é um tanto masoquistas, pois, apesar disso, continuam a exercer política. Depois, os iluminados extremistas atiram-se aos imigrantes, como se não fossem estes a contribuir, com o seu trabalho, para o desenvolvimento do país. Ah, mas são causadores de grande insegurança, como se Portugal não fosse um dos países mais seguros do mundo. Curioso é que até um ex-primeiro ministro cavalgou esta onda, demonstrando uma ignorância de bradar aos céus. Com extremistas na política, com gente que detesta a democracia e gosta é da ditadura (como ouvi dizer a um deles), estamos feitos…

Afonso Luís
Bancário aposentado

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