Portugal já acolheu 452 refugiados, recolocados a partir da Grécia e da Itália, longe dos 10 mil que se disponibilizou a receber. Na Nazaré, está uma dessas famílias: um casal e sete filhos que ali encontraram a paz que, na terra natal, a guerra lhes roubou.
É com um sorriso hospitaleiro que Talal Darwih, de 42 anos, e sua esposa Moushira Darwih, de 30, a simpática família de refugiados Sírios, acolhidos pela Confraria de Nossa Senhora da Nazaré, em março deste ano, abre a porta do seu novo lar e também do coração. É na sua nova casa, no Sítio da Nazaré, para onde vieram com o tesouro das suas vidas, os seus 7 filhos: Fátima de 5 meses, Rimas de 18 meses, Shahad de 3 anos, Raghd de 6 anos, Ali de 8, Khaled de 10 e Sadam de 13, que partilham a sua história: uma jornada de guerra, mas também de paz, que os trouxe ao sossego que encontraram em Portugal.
Apesar de há poucos meses no país, já percebem algumas coisa da língua, mas não o suficiente. Ben Salem Khalifa, um português de origem tunisina, há 40 anos na Nazaré, ajuda com a tradução.
Talal não tem presente a data em que teve que abandonar a sua aldeia, onde “tinha tudo o que precisava”. Mas, como explica o agricultor, quando as bombas começaram a cair perto de casa, não teve outra opção.
(Saiba mais na edição em papel e digital de 4 de agosto de 2016)