A nascente termal de Salir do Porto

Foto por Catarina Reis

Localizada na base da colina de Santana, do lado oposto da praia de São Martinho do Porto e a 50 metros das ruínas do forte do século XVI, situa-se a nascente de Salir do Porto, também conhecida pela nascente da Ponta da Barra ou do Farol.
Esta fonte de água doce, acessível apenas em dias de maré baixa, tornou-se muito popular nos anos 40 pelas suas propriedades preventivas na prevenção de dermatoses, reumatismo e dispepsias ácidas, atraindo muitos veraneantes que se deslocavam ao local para se banharem nas suas águas terapêuticas, represadas nas poças das rochas, e para a beberem, chegando a ser comercializada em cafés de Salir do Porto. Com uma popularidade crescente, em 1940, foi proposta a sua captação através da construção de câmaras que não descessem abaixo do nível da baixa-mar, abrindo-se depois galerias, seguindo as falhas transversais da colina de Santana e a construção de umas termas. Obras que chegaram a ser executadas na altura, com a construção de um muro de proteção formando uma planta retangular e uma escada interior de cinco degraus de acesso à captação que, na sua parte visível, consiste num grande tubo metálico de onde a água jorra em grande caudal. Quanto à estância termal, nunca avançou, tendo as várias tentativas de exploração fracassado sempre, talvez pelo custo elevado e pela sua difícil acessibilidade, situação que se prolongou pelo tempo fora, mantendo-se a sua utilização nos mesmos moldes que nos anos 40.
Atualmente a nascente de Salir do Porto permanece um tesouro inexplorado, resistindo ao tempo e à romagem dos veraneantes que, por curiosidade ou por benefícios, a visitam e experimentam as suas águas.

2 respostas

  1. …E relativamente ao Túnel de S. Martinho do Porto?
    Pesquisei sobre a história, ano de construção e o que levou à sua construção e não se encontra nada online!…
    Alguém pode acrescentar algo sobre o assunto?
    Os meus agradecimentos…

  2. _Lamento que este meu comentário venha contrariar alguns pontos do teor do texto do artigo publicado no Jornal O Alcoa. Que me desculpe o autor, mas cumpre-me rectificar e esclarecer relevando o seguinte:
    _No que diz respeito à alegada captação em 1940, nunca foi sequer tentada por qualquer forma ou meio referido no texto.
    _Nessa época nem sequer havia qualquer emergência da referida água neste ponto onde se encontram actualmente os referidos tubo de ferro e muro, a não ser a cerca de 15 metros do referido local.
    _Esse tubo, consta de um tubo de protecção provisório de um furo de cerca de 40 metros de profundidade,
    feito com sonda rotativa para evitar alterações na estabilidade dos solos e consequente perturbação dos veios aquíferos,
    cuja construção remonta apenas aos anos de 1969/70,
    assim como o referido muro de protecção.
    _Quanto aos referidos 5 degraus, só foram construídos já nos finais dos anos 70 e princípios de 80,
    por “Alguém à margem da Lei” com Iniciativas fraudulentas Alheias
    à Empresa Concessionária, que estava incumbida dos difíceis trabalhos de pesquisa e captação,
    prejudicando e Destruindo o Trabalho já Executado pela Concessionária,
    que “admitindo hipoteticamente que talvez com boas intenções”, provocou o entulhamento e abatimento do furo
    de modo arbitrário e abusivo e irresponsável face ás exigências legais,
    evidenciando Absoluto Desconhecimento Técnico
    sem medir minimamente as nefastas consequências do acto,
    nem ao abrigo de qualquer projecto devidamente avalizado pelas entidades competentes da Direcção de Geologia e Minas ,
    também esse “Alguém destruidor” decidiu arbitrariamente abrir caminho sobre a escarpa rochosa, entre as ruínas da Alfandega Velha e a referida obra,
    até Recorrendo a Proibidos Rebentamentos com Recurso a Pólvora, nos rochedos no local, dentro da Área da Concessão sujeita a protecção legal e prévia autorização para qualquer intervenção sem o devido aval das entidades competentes.
    _Tendo conhecimento profundo sobre esta matéria, fundamentado para além da bibliografia comum, também em documentos únicos originais sobre as alegadas “Águas da pocinha”, mais propriamente designadas desde a primeira concessão em 1901 por Águas de Salir ou Alfândega Velha.
    _Também tenho conhecimento de que desde a primeira Concessão (1901) até aos finais dos anos 60, nunca foram iniciadas nem feitas quaisquer obras de pesquisa ou captação mesmo que provisória, pois apenas haviam alguns estudos preliminares “que nunca passaram de pareceres no papel”
    por terem sido entretanto considerados tecnicamente inviáveis na prática, nos moldes previstos.
    _Quanto ás boas qualidades da Água confirmo sem dúvida alguma o seu valor termal (nasce a 20,2º C),
    assim como a sua excelente equilibrada composição química, potabilidade e pH, cujas características se verificam estáveis e inalteráveis,
    avaliando pelo confronto de diversas análises feitas em diferentes épocas, ao longo de um século.
    _É de salientar que nos arredores, existem também emergências de outras qualidades de água, algumas sulfurosas, com características equiparadas ás das Termas das Caldas da Rainha, inclusive sulfurosas (Ponta da Barra (na base do morro do farol, na entrada norte da Barra da baía de São Martinho do Porto) e Praínha de São Romengo (actualmente conhecida por praia de s. Romeu, no morro da Capela de Santa Ana, na entrada norte da Barra da baía de São Martinho do Porto), entre outro locais).
    C.Ferreira
    https://www.youtube.com/watch?v=HqZc648lZUk
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    http://myguide.iol.pt/photo/water-unexplored-with-curative-effects-in-portugal?context=user
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    http://www.panoramio.com/photo/76859061
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    http://myguide.iol.pt/photo/pocinha-salir-caetano-jr-ferraro-vaz-severino-madeira/prev?context=user

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