“E podemos ver o mar?”. Esta foi uma das perguntas que Ali fez sobre Portugal antes de aceitar a ajuda da caravana de portugueses coordenada por Nuno Félix, a residir em São Martinho do Porto há quase quatro anos, que se fez ao caminho para trazer refugiados sírios, sob o mote “Famílias como as nossas”. Ali Alkhamis, de 38 anos, juntamente com a mulher Nada e as três filhas Dima, Inas e Rimas – com idades entre os nove e os cinco anos – constituem a família, resgatada em Viena de Áustria.
O movimento “Famílias como as nossas” foi promovido nas redes sociais por Nuno e por Pedro Policarpo. “Todos vimos o que estava a acontecer na Síria, aquelas imagens horríveis”, lembra Nuno Félix. “Eu e o Pedro, ambos pais de quatro filhos, estávamos bastante indignados por não se estar a fazer nada”, afirma Nuno Félix. “Então decidimos que tínhamos que ir lá buscar gente, principalmente famílias com crianças, como as nossas”, explica o promotor da iniciativa, sublinhando que o objetivo era responsabilizar-se por quem trouxesse “tanto do ponto de vista legal, como depois arranjar-lhes casa, mais tarde arranjar-lhes emprego e resolver-lhes o problema que enfrentam neste momento”.
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