Maria Manuela Prata. “O trabalho do professor sempre foi e será cada vez mais valorizado”

Catarina Ferreira Reis
Jornalista

Maria Manuela Prata, diretora do Centro de Formação da Associação de Escolas dos Concelhos de Alcobaça e Nazaré, desde 9 de setembro de 2019, fala a’O ALCOA do principal papel desta instituição, criada em 1993, que funciona como uma estrutura de apoio à formação do pessoal docente e não docente das escolas associadas.

Como foi o seu percurso de vida?
Sou a oitava filha de uma família de pessoas humildes, mas muito resilientes e persistentes. Foi uma vida de superação. O meu primeiro curso foi de professora de 1.º ciclo, mais tarde acabei por fazer uma licenciatura e mestrado em Administração e Gestão Educacional. Depois, fiz doutoramento na Universidade do Minho, em Estudos da Criança, Organização da Educação Básica. Também tenho uma especialização em Educação Especial, trabalhei na formação de professores. Fui professora da Escola Superior de Educação de Lisboa e colaborei com a de Leiria. Na carreira de professora, lecionei em diferentes níveis de ensino, fui diretora de agrupamentos, estive na gestão. Foi uma vida académica, profissional e pessoal de busca. Nunca podemos nem devemos estar satisfeitos, temos de melhorar. Esse é o meu lema, cada dia ser melhor que no dia anterior, seja na vida pessoal, familiar e profissional, porque praticamente não há impossíveis. Como dizia o Nelson Mandela: “o impossível só é impossível até acontecer”.


Qual o papel dos centros de formação de professores?
Os centros vêm responder ao que julgo que deve ser a formação contínua dos professores, centrada nos contextos e nos desafios que a educação hoje nos coloca. Atualmente temos um desafio que é global, tal como consta no perfil dos alunos à saída da escolaridade obrigatória, ou seja de base humanista, o que significa a consideração de uma sociedade centrada na pessoa e na dignidade humana como valores fundamentais. As aprendizagens como centro do processo educativo, a inclusão como exigência, a contribuição para o desenvolvimento sustentável como desafio, já que temos de criar condições de adaptabilidade e de estabilidade, visando valorizar o saber e a compreensão da realidade, o que obriga a uma referência comum de rigor e atenção às diferenças. Empoderar os alunos para que eles sejam capazes de aplicar as competências, enquanto combinações complexas de conhecimentos, capacidades e atitudes, a novas situações e circunstâncias da vida real, quer seja a nível pessoal, familiar, profissional e social, é o que se pede às escolas e aos professores. E os centros têm aqui um papel muito decisivo.

Saiba mais na edição impressa e digital de 9 de junho de 2022.

Catarina Ferreira Reis
Jornalista

Uma resposta

  1. O problema está nos contiudos que são muitos deviam ser renovados.Os professores tere mais autoridade dentro da instituição.

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