Mundo Cão

Conflitos, guerras, a raiva do homem contra o homem. Tem sido assim, com mais frequência do que o desejável, ao longo da História. Nos anos mais recentes, foi assim na Península Balcânica, na velha Europa, tem sido assim em muitos países árabes. Iraque, Afeganistão, Líbia… agora o Egito e a carnificina da Síria. Valha-nos termos na presidência dos Estados Unidos um homem que não se comporta como alguns falcões seus antecessores, de contrário teríamos já outra guerra em palco. Carências, miséria, fome. Ainda há disto no planeta. O que leva ao conflito, à guerra, à raiva incontida das gentes. Só dirigentes com estofo, com espírito de justiça e de solidariedade, podem evitar males maiores e conduzir os povos aos caminhos da reconciliação e da harmonia possível. Dirigentes com estofo… é isso que falta. Vejamos, a propósito, esta tirada do Primeiro-ministro de Portugal, no dia 1 deste mês de setembro, relativa a uma decisão do Tribunal Constitucional: “Já alguém se lembrou de perguntar aos 900 mil desempregados de que lhes serviu até hoje a Constituição?” No dia seguinte, 2 deste mês, Ana Sá Lopes, num justo ataque a tal pergunta, no jornal “i”, começava por questionar: “Já alguém se lembrou de perguntar aos 900 mil desempregados de que lhes valeu até hoje a Assembleia da República?” E terminava: “Já alguém se lembrou de perguntar aos 900 mil desempregados de que lhes valeu até hoje a existência da JSD e das Universidades de verão, um excelente centro de recrutamento para um futuro emprego no palácio de S. Bento sem grandes aborrecimentos?” Pois é. Os conflitos, as guerras, as raivas começam assim, quando os dirigentes denotam uma total ausência de preocupações pelos que sofrem os resultados de políticas erradas. No horizonte próximo, temos eleições autárquicas. Bom seria que os eleitores votassem nas pessoas que possam dar garantias de maiores preocupações de natureza social, de justiça, independentemente dos partidos a que pertencem. Dar a esses o voto é um dever, pois os que procuram lugares apenas para se servir, a si e aos amigos, são os que estendem o tapete aos conflitos, às guerras, às raivas.

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