Recordando – Mosteiro de Santa Maria de Cós

O Mosteiro de Cós era feminino e pertencia à Ordem de Cister.
Terá tido origem num recolhimento de viúvas e merceeiras vivendo na dependência do Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça. Ao recolhimento inicial, veio a suceder um mosteiro organizado, já existente em 1241, data da primeira referência documental às sorores de Cós.
De acordo com documentos posteriores, a comunidade de Cós possuía então uma organização autónoma e era governada por uma abadessa. O Mosteiro de Cós veio a ser um dos mais importantes mosteiros da Ordem de Cister. Durante o reinado D. Manuel I, fizeram-se algumas obras. No entanto, a estrutura atual foi realizada no decorrer da última metade do século XVII. Na fachada da igreja, o portal data de 1671 e a cabeceira exibe as esculturas de São Bento e de São Bernardo de Claraval. O interior obedece ao estilo do primeiro barroco português. A construção da igreja foi terminada em 1675 e, em 1676, foi instalado o altar em talha dourada. A igreja é revestida de azulejos de padrão e a abóbada de figuras variadas das Ordens de São Bento e de Cister. De destacar também o cadeiral monástico, onde as monjas rezavam o ofício.
Praticamente desconhecida, está documentada uma aparição de São José, no Mosteiro de Cós, no século XVII. Embora a data precisa não seja referida pelo cronista da Ordem, Frei Manuel de Figueiredo, há elementos indicando que aconteceu em 1661, segundo o investigador cisterciense Gérard Leroux.
Atualmente, calcula-se que existam cerca de cinco mil monges e monjas cistercienses no mundo. As monjas que viveram em Cós e deram sentido ao seu Mosteiro continuam a habitar mosteiros como este de St. Marienstern (em português Estrela de Maria), na diocese de Dresden, na Alemanha. Uma comunidade monástica, como documenta a foto, com 19 religiosas.

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