Região.Escolas recebem mais de mil alunos estrangeiros com ações de integração

Neuza Santos
Jornalista

Nas escolas da região há 1.354 alunos estrangeiros. O Brasil, Ucrânia, China, França, Estados Unidos da América e Itália são alguns dos países de origem destes jovens. Apesar de serem bem recebidos pelos colegas, os alunos ainda têm dificuldades em integrar-se, nomeadamente devido à língua. É este o panorama dos estabelecimentos de ensino da região.
Conforme conta a’O ALCOA Luísa Sardo, diretora do Agrupamento de Escolas de São Martinho do Porto, os “151 estudantes estrangeiros, com maior incidência nos segundo e terceiro ciclos, são bem acolhidos pelos pares e são criadas relações interpessoais”. Mas o “não domínio da língua inglesa dificulta a comunicação e a consequente integração”. Assim sendo, são “facultados apoios complementares na língua inglesa”. Já nas línguas menos comuns é recorrente o “uso às aplicações de tradução”. Também a “nível gastronómico, é visível a adaptação dos alunos, sendo que muitos estudantes estrangeiros almoçam nos refeitórios”. Todavia, faltam “recursos humanos, professores que estejam disponíveis para acompanhá-los”.
No Agrupamento de Escolas da Nazaré também se verifica que as crianças e jovens com idades entre os dez e os 14 anos são de “fácil integração”. No entanto, “o que mais atrasa este processo é a dificuldade de algumas línguas com alfabetos diferentes”, expressa João Magueta, diretor do agrupamento. Tal como a “revolta de alguns que se recusam a aprender português e apenas querem regressar ao seu país de origem”.
“São desencadeados mecanismos de apoio à aprendizagem da língua portuguesa, ao mesmo tempo que há ações ao nível de sala de aula, para minimizar o impacto das diferenças curriculares entre o nosso país e o país de origem, quando a integração no sistema português é concretizada em anos mais avançados”. Estas são as iniciativas do Agrupamento de Escolas da Benedita para integrar os alunos, conforme conta Marco Lemos, o diretor do agrupamento.
No Externato Cooperativo da Benedita (ECB), os 83 alunos estrangeiros tem “atividades promotoras da inclusão e de uma vivência intercultural mais sadia”, reflete Marisa Ferreira, subdiretora do ECB. De igual modo, existe um “Plano de Ação para o Acolhimento a Alunos Estrangeiros visando facilitar a adaptação dos alunos oriundos de outras culturas e promover uma saudável convivência e crescimento socioemocional”. A escola conta com o auxílio de outros alunos, como “estudantes de Leste que já estão em Portugal há algum tempo e ajudam na comunicação com outros alunos oriundos da Ucrânia”. Em simultâneo, está em “contacto com os encarregados de educação para assegurar que estes alunos se integrem o melhor possível”. Para além de que, o estabelecimento de ensino, apresentou a candidatura para aderir à Rede de Escolas para a Educação Intercultural. O pretendido é integrar uma “rede de escolas que nos possibilite melhores aprendizagens e práticas na integração e no sucesso educativo dos alunos oriundos de outros países”.

Saiba mais na edição impressa e digital de 02 de novembro de 2023

Neuza Santos
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