Testemunhos de gente da região no palco do atentado

Na madrugada da sexta-feira, dia 14 de julho, um camião avançou contra a multidão na marginal (Passeio dos Ingleses) de Nice, França. Tinha-se juntado muita gente ali, para assistir ao espetáculo de fogo-de-artifício e festejar o feriado nacional do 14 de julho.
Cerca de 80 mortos e dezenas de feridos foi o resultado deste atentado vivido de perto, de formas muito diferentes por dois turquelenses: Carina Borralho e Emanuel Delgado.
Carina Borralho, 26 anos, é enfermeira e trabalha e vive em Nice. Na noite do atentado estava de serviço, no Hospital Pediátrico de Nice CHU-Lenval. Emanuel Delgado, 31 anos, primo de Carina, estava de visita a Nice, estando, com amigos no Passeio dos Ingleses na hora do atentado.
“Depois do fogo de artifício, tínhamos pensado ir para a praia, mas acabámos por não ir e fomos ter com outro português, nosso conhecido, para o outro lado da estrada, onde estava uma banda a atuar”, contou a’O ALCOA Emanuel Delgado. “Foi só o tempo de nos apresentarmos uns aos outros e ouvimos o camião passar e pessoas a ficarem estendidas no chão”, lembra. Em estado de choque e sem saber o que fazer, o grupo afastou-se. “Quando se ouviram tiros”, perceberam a gravidade da situação e afastaram-se do local. Assim que conseguiu telefonou à mãe, “para lhe dizer que estava bem e para saber o que é que se estava a passar pela televisão”.

Testemunho de Carina Borralho

(Saiba mais na edição em papel e digital de 4 de agosto de 2016)

 

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