O Turismo Religioso advém das primeiras deslocações marítimas dos antigos egípcios para visitar os múltiplos santuários próximos ao rio Nilo. Posteriormente, as peregrinações tornaram-se mais frequentes e de forma organizada quer na idade clássica, quer depois da Idade Média, em que houve diminuição da mobilidade com a queda do Império Romano.

Ao longo do tempo, é evidente uma interligação entre turismo e religião devido à existência de numerosos edifícios de culto, cuja atratividade turística é evidente.

O turismo religioso é considerado como um dos segmentos mais relevantes do turismo cultural. No caso português, cerca de 75% do nosso património edificado e reconhecido é religioso. Exemplo disso é o notável Mosteiro de Alcobaça, cuja igreja se destaca de arquitetura impactante em altura, sobriedade e silêncio, proporcionando paz interior e uma experiência potencialmente marcante se for feita com calma, interpretação e informação turística adequada.

Para além das visitas ao património religioso, seja pela envolvência espiritual como pela intenção em saber mais sobre a história e arquitetura do espaço sagrado, este tipo de turismo pode estar interligado com peregrinações, festividades, encontros de cariz religioso e até conferências sobre o tema.

Podemos individualizar os peregrinos entre os turistas religiosos. A peregrinação consiste numa experiência mais intensa, movida sobretudo pela fé, para cumprimento de promessas ou agradecimento, mas também como experiência espiritual e de autodescoberta. Quanto aos turistas religiosos em geral, estes procuram atrações religiosas, mas podem não ser crentes e procurar uma experiência mais breve e superficial.

Por fim, de sublinhar que o turismo religioso, para além de valorizar e preservar as práticas religiosas e o bem-estar individual, pode contribuir igualmente para a conservação da cultura e dinamização da economia de uma determinada região.